Automobilismo
Volkswagen Taos híbrido flex será feito no Brasil e promete brigar com Compass e Corolla Cross
Novo Taos híbrido flex quer roubar a cena entre os SUVs
O futuro do mercado de SUVs no Brasil ganha um novo capítulo com o desenvolvimento de um modelo híbrido flex de porte médio pela Volkswagen, projetado para estrear a partir de 2026, tratado internamente como A-SUV e cotado para assumir o papel de nova geração do Taos, com produção em São Bernardo do Campo (SP), foco em eficiência energética e resposta direta à expansão de concorrentes eletrificados no segmento.
Volkswagen Taos híbrido flex será a nova geração do SUV médio nacional
Esse novo SUV médio, frequentemente associado ao Taos em sua segunda geração, está sendo estruturado sobre a plataforma MQB 37, também chamada de MQB A ou MQB Evo. Essa base, já usada em modelos mais recentes do grupo, permite combinar dimensões maiores, melhor segurança estrutural e integração de sistemas híbridos, mantendo custos sob controle.
O projeto faz parte da estratégia da Volkswagen de atualizar sua linha de SUVs e disputar espaço com rivais consolidados, inclusive futuros modelos eletrificados. Há expectativa de versões mais completas, com recursos avançados de assistência à condução e possíveis variantes com tração integral em configurações específicas de maior desempenho.

O que muda com o Volkswagen Taos híbrido flex em relação ao modelo atual
A palavra-chave central desse movimento é Volkswagen Taos híbrido flex. Enquanto o Taos atual, lançado em 2021 e produzido na Argentina, usa apenas motor a combustão, a nova geração deverá ser nacionalizada e adotar um pacote mecânico híbrido, combinando motor 1.5 TSI Evo2 com diferentes níveis de eletrificação e mantendo a característica flex para uso de etanol e gasolina.
Em dirigibilidade, espera-se calibração específica de suspensão e direção para o piso brasileiro, além de melhorias no isolamento acústico para aproveitar o funcionamento mais silencioso do sistema híbrido. A marca também deverá atualizar sistemas de conectividade e multimídia, alinhando o SUV aos padrões recentes de experiência digital a bordo.
Configurações híbridas do novo Taos e principais diferenças técnicas
Na gama do futuro Taos híbrido brasileiro, a expectativa é de duas configurações principais de eletrificação. De um lado, versões híbridas leves (MHEV, mild hybrid), com sistema elétrico de 48 Volts para auxiliar o motor térmico em arrancadas e retomadas, melhorando consumo e suavidade.
Do outro lado, haverá variantes híbridas plenas (HEV), com arquitetura de alta tensão que oferece maior auxílio elétrico, reduz consumo em uso urbano e diminui emissões. Esse conjunto segue tendências globais de eletrificação parcial, sem depender de recarga externa, e mantém espaço para futuras evoluções, como versões plug-in em etapas posteriores do ciclo de vida.
Como funcionará o sistema híbrido flex do novo Taos
O coração do novo Taos híbrido flex será o motor 1.5 TSI Evo2, já usado em outros mercados, mas adaptado para a realidade brasileira e para operar em ciclo Miller. Esse quatro-cilindros, 16 válvulas e com injeção direta, é voltado à eficiência energética; inicialmente deverá vir importado do México, passando depois à produção nacional em São Carlos (SP).
Nas versões MHEV, o conjunto deve entregar cerca de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, com o sistema elétrico atuando como reforço em momentos de maior demanda. Nas configurações HEV, a potência combinada deve girar em torno de 170 cv e 31,6 kgfm, com participação mais intensa do motor elétrico em baixa velocidade e calibração específica de câmbio e modos de condução para equilibrar eficiência e desempenho.
Para deixar mais claro o posicionamento técnico de cada configuração híbrida prevista para o Taos, a Volkswagen deve organizar a oferta em níveis bem definidos de eletrificação e uso de combustíveis.
- MHEV (48V): foco em assistência leve, redução de consumo e funcionamento mais suave do start-stop.
- HEV (alta tensão): maior capacidade de rodar em trechos curtos com forte auxílio elétrico, especialmente em uso urbano.
- Motor 1.5 TSI Evo2 flex: preparado para etanol e gasolina, explorando o potencial energético de ambos os combustíveis.
Por que a Volkswagen aposta em um Taos híbrido flex nacional
A aposta em um Taos híbrido flex nacional está diretamente ligada ao cenário competitivo atual de SUVs médios eletrificados. Marcas chinesas ampliaram presença no segmento, enquanto Jeep Compass e Toyota Corolla Cross consolidaram espaço, e a Volkswagen quer oferecer um produto que una porte médio-compacto, tecnologia híbrida e vantagem do combustível flex predominante no país.
Ao produzir o SUV em São Bernardo do Campo, a empresa fortalece a cadeia industrial local e reduz dependência de unidades importadas. A plataforma MQB Evo permite incluir evoluções em segurança ativa, conectividade e assistência ao motorista, com recursos como controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa, frenagem autônoma de emergência e monitoramento de ponto cego, além de preparar a linha para futuros projetos híbridos.
Entre as principais razões estratégicas dessa aposta no Taos híbrido flex nacional, destacam-se objetivos ligados a infraestrutura de combustíveis, concorrência e modernização industrial.
- Aproveitar a infraestrutura de etanol e gasolina já estabelecida no Brasil.
- Enfrentar diretamente Jeep Compass e Toyota Corolla Cross no segmento de SUVs médios.
- Reaproximar antigos clientes que migraram para SUVs híbridos de origem chinesa.
- Modernizar a produção nacional com uma plataforma mais recente e flexível.
O que o Taos híbrido representa para o mercado de SUVs no Brasil
A introdução de um Volkswagen Taos híbrido flex produzido no país tende a influenciar a percepção do consumidor sobre SUVs médios. Com porte superior ao T-Cross, conjunto híbrido e possibilidade de uso intensivo de etanol, o modelo se posiciona como alternativa para reduzir gastos com combustível sem migrar totalmente para veículos elétricos, funcionando como etapa intermediária entre motores a combustão e modelos plug-in ou 100% elétricos.
Para o setor automotivo, o projeto A-SUV reforça um movimento de diversificação tecnológica, em que diferentes soluções convivem no mesmo mercado. A nacionalização do Taos, associada à futura produção do motor 1.5 TSI Evo2 em São Carlos, indica que a marca pretende manter presença relevante entre SUVs por longo prazo e pode incentivar outras montadoras a acelerar projetos de híbridos flex e novos powertrains adaptados ao uso intensivo de etanol no Brasil.