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Advogadas comentam os desafios de ser mulher empreendedora no Brasil

Patrícia Lacerda e Luiza Leite encontraram em suas dificuldades um mercado necessitando urgentemente de auxílio

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Luiza Leite
Luiza Leite, advogada (Foto: Divulgação)
Luiza Leite

Luiza Leite, advogada (Foto: Divulgação)

“Não vai dar certo”; “você não é boa nisso”; “empreender é coisa de homem”; “você não tem jeito”. Essas são algumas frases que mulheres empreendedoras ouviram quando decidiram abrir seu próprio negócio, mas desistir nunca foi uma opção.

A vontade de seguir o seu propósito, assumir o controle do seu futuro e não deixar o mundo encaixa-las onde o mercado ditava era o principal prepulsor para essas mulheres taxadas a tantos anos como “sexo frágil”. Esse foi o caso das advogadas Patrícia Lacerda, Luiza Leite e de tantas outras mulheres que com muita determinação e coragem não deixaram o medo de mudar paralisá-las.

“Ser empreendedora no Brasil demanda muito fôlego, principalmente quando se fala em conseguir investimento. Em 2020, do total aportado em startups, apenas 0,04% foi destinado a founders mulheres. Ao meu ver, o fato de o mercado de Venture Capital ser predominantemente masculino contribui para isso. Startups fundadas e lideradas por mulheres demandam um esforço extra para conseguir aporte de investimento de risco”, declara Luiza Leite.

“Empreender é mais do que abrir novos negócios, é um ato de coragem e quando se trata do empreendedorismo feminino a questão se torna ainda mais profunda. Tendo em vista que direitos básicos como votar, possuir CPF e poder abrir um negócio foram conquistados recentemente se comparados com o público masculino.  “A realidade no Brasil é que muitas mulheres acabam empreendendo por falta de opção mesmo, especialmente após a maternidade. Muitas não têm com quem deixar seus filhos e, por essa razão, acabam se jogando no mercado de forma autônoma pois necessitam de uma renda, além de flexibilidade para cuidar dos filhos.”, acrescenta a advogada Patrícia.

Ser uma empreendedora no Brasil é um grande desafio, faltam incentivos e muita informação. Quando indagadas sobre as dores e prazeres de possuir seu próprio negócio, todas possuem algo em comum: o brilho nos olhos. Apesar das dificuldades enfrentadas, empreender ainda é uma ferramenta de empoderamento para milhares de mulheres, uma alternativa para defender o que acredita, se tornar independente em diversas áreas e ver o seu maior sonho virar realidade, sendo capaz de auxiliar e impactar na vida de milhares de pessoas. E mesmo com frio na barriga, para elas, dar errado não é uma opção. “As pessoas devem fazer aquilo que as façam felizes. O primeiro passo é sempre o mais difícil, mas se você acredita no seu sonho, faça acontecer. Não vai ser fácil, não mesmo, mas a satisfação em construir seus planos e começar a ver os resultados, não tem preço.” finaliza Patrícia.

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