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Aumenta presença de mulheres nos conselhos de administração em 1 ano

Especialista explica como índice pode aumentar ainda mais

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Aumenta presença de mulheres nos conselhos de administração em 1 ano
Aumenta presença de mulheres nos conselhos de administração em 1 ano

O percentual de mulheres nos conselhos passou de 13% em 2020 para 16% em 2021, de acordo com o Estudo de Conselhos de Administração 2021, feito pela Korn Ferry, empresa global de consultoria organizacional. Se considerarmos apenas conselheiros independentes a participação de mulheres é maior, 21%, em 2020 eram 18%. Os dados mostram ainda que a porcentagem de mulheres nos conselhos aumentou ou ficou estável em todos os setores e os que mais possuem a presença feminina são os de bens de consumo (21%), infraestrutura/utilities (21%) e tecnologia/comunicação (20%).

Segundo a defensora pública Flavia Albaine, a baixa presença de mulheres em cargos de poder é ainda consequência de um machsimo estrutural arraigado em valores de uma sociedade patriarcal, que muitas vezes desqualifica a mulher e a conecta a uma situação de uma pessoa voltada para o cuidado da casa e dos filhos. “Felizmente, gradativamente, esta realidade está mudando graças a conscientização da sociedade sobre a importância da inclusão social das mulheres e do combate ao machismo e também a movimentos feministas de inclusão de mulheres, de políticas de empoderamento de mulheres e de ações afirmativas para que mulheres ocupem espaços de poder, como por exemplo as cotas partidárias”, afirma.

Flavia Albaine, defensora pública (Foto: Divulgação)

Ainda segundo Flávia, as mulheres que ocupam estes cargos de poder, muitas vezes, sofrem sim com machismo, tanto que hoje em dia já se fala de violência política institucional de gênero. “Essa violência pode ocorrer de diversas formas, sendo velada ou explícita, através de assédio moral, verbal ou sexual, através de violência que diz que a mulher é inferior, ou incapaz de ocupar determinados cargos, entre outras. Essa violência, muitas vezes, é invisibilizada, as mulheres têm medo de falar e de serem descredibilizada, ou que sofram retaliações e sejam culpadas pelo que aconteceu com elas, além também da dificuldade de juntar provas do que acontece”, explica.

Por fim, Flávia diz que é preciso que as mulheres busquem auxílio de órgãos especializados de proteção de mulheres. “Podem ser instituições como o Ministério Público do Trabalho, ou especialistas jurídicos na temática para que elas possam se orientar do que fazer e como agir nesses casos”.

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