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Beijar pode fazer mal? Em alguns casos, sim

Boca é a porta de entrada de infecções como a mononucleose, conhecida como Doença do Beijo.

Veja recomendações de um infectologista e saiba como agir:

Após dois anos sem Carnaval, é chegada a hora da festa mais esperada do verão. No Rio de Janeiro, o desfile de blocos já está a todo vapor e outras atrações preparam o folião para a maior festa de todas. Não faltam oportunidades para os beijoqueiros de plantão – agora, ainda mais afoitos, depois do isolamento imposto pela COVID-19. Mas, para não transformar a alegria em pesadelo, é preciso ter atenção: beijar diferentes pessoas contribui para a circulação silenciosa de vírus responsáveis por doenças infecciosas, como a mononucleose e o herpes, que trazem complicações à saúde.

Doença do beijo

A infecção mais comum contraída por esse contato é a mononucleose, também conhecida como Doença do Beijo. “Mais de 90% da população adulta possui anticorpos contra o agente que provoca esta infecção. Isso significa que em algum momento da vida o indivíduo entrou em contato c om esse vírus, mesmo que não tenha desenvolvido nenhum quadro clínico característico”, afirma Celso Granato, infectologista da Clínica Felippe Mattoso (Grupo Fleury).

O infectologista explica que as pessoas que tiveram a infecção nunca mais se livram completamente do vírus, que continua “morando” na garganta ou nas amígdalas do indivíduo e, periodicamente, é eliminado na saliva. Caso alguém entre em contato com uma pessoa que o está eliminando, ainda que não esteja doente naquele momento, poderá adquirir a infecção se ainda não a teve.

Herpes

É preciso ter atenção também com o herpes, causado por um vírus da mesma família do agente da mononucleose. O vírus Herpes simplex tipo 1 também persiste por toda a vida. Porém, apenas uma, a cada cinco dessas pessoas, apresentará lesões típicas de herpes de forma recorrente. Embora a infecção não seja grave, as lesões são dolorosas e podem voltar a se manifestar inúmeras vezes e acometer outras regiões do corpo.

Feridas, sangue na boca, doenças gengivais, respiratórias ou mesmo o descaso com a saúde e a higiene bucal aumentam os riscos. “Caso possuam feridas ou qualquer tipo de sangramento na boca, é melhor não beijar ninguém, ou, pelo menos, evitar beijar muitas pessoas”, alerta o especialista.

Entre as infecções, além da mononucleose e do herpes, existem também as verrugas, chamadas popularmente de ‘crista de galo’, que ocorrem no ânus e nos genitais, mas, também, na boca. São causadas por diferentes tipos de papilomavírus humano, o HPV.

Peguei a Doença do Beijo?

Adolescentes e adultos jovens, na faixa de 15 a 25 anos, costumam apresentar sintomas como febre, dor de garganta e aumento de linfonodos – popularmente conhecidos como gânglios ou ínguas – na região do pescoço.

Podem aparecer também manchas vermelhas pelo corpo, além de aumento do fígado e do baço. Esses sintomas podem durar de duas a três semanas. É uma doença prolongada: nos mais jovens as manifestações são mais leves e mais intensa nos mais velhos.

A recomendação é procurar ajuda médica para diagnóstico e orientação. Não existe um remédio específico para a mononucleose. É indicado repouso, porque o indivíduo sente fadiga e indisposição.

Descansar é fundamental também quando ocorre grande aumento do baço, pois em situações extremas, como uma batida, ele pode se romper. É raro, mas quando acontece é muito grave.

Evite compartilhar copos e talheres

A propagação do vírus ocorre a partir da saliva. Ou seja, também podemos contrair a doença por meio do compartilhamento de objetos pessoais, como talheres e copos. Também é possível ser infectado a partir da tosse de alguém que esteja bem próximo. De toda forma, a recomendação é a mesma: sentiu algum sintoma diferente, procure um médico.

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