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Black Friday: intenção de compra cresce 32%, segundo pesquisa

Especialistas afirmam que famílias precisam ter cautela com parcelamento

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Black Friday: intenção de compra cresce 32%, segundo pesquisa (Foto: Divulgação)

Na tradicional megapromoção de Black Friday, prevista para a última sexta-feira de novembro, dia 24 de novembro, os brasileiros pretendem aproveitar ao máximo as compras. Prova disso, é uma pesquisa realizada pela Mfield, com 2.300 participantes, sobre a expectativa de compra durante o período, que apontou um crescimento de 32,2% na população que pretende comprar nessa data.

O período da Black Friday é conhecido pelos descontos especiais em produtos eletrônicos, eletrodomésticos e livros, mas os supermercados também surfam nessa onda. Para o especialista em varejo alimentar, Leandro Rosadas, essa é uma boa oportunidade para os donos de mercado conquistarem clientes que agem por impulso quando estão à frente de uma oferta. “São poucos os consumidores que se planejam para uma Black Friday nos supermercados, por isso, os supermercadistas precisam investir nas ações para aqueles consumidores que compram por oportunidade”, diz.


Embora exista uma data oficial, a última sexta-feira do mês, há varejistas que prolongam os descontos por vários dias, semanas ou até durante todo o mês de novembro.

O especialista em varejo alimentar dá sete dicas para os supermercados se destacarem no período da Black Friday:

  1. Planejamento – “Crie, o quanto antes, um cronograma com as tarefas necessárias, como por exemplo: negociação com fornecedor, preparação do estoque, treinamento de equipe, ornamentação de loja, definição de metas, data das ofertas, inventário do estoque, estratégias de marketing, entre outros”, orienta Rosadas.
  2. Preparação do estoque – “Com um bom levantamento do seu estoque e com uma comparação com o ano anterior, você vai conseguir identificar: os excessos do estoque, que poderão ser objeto de promoções mais vantajosas; quais produtos justificam investimentos e quais produtos serão as grandes apostas da Black Friday. Minha sugestão é que o supermercadista tenha, pelo menos, 15 dias de estoque daqueles produtos selecionados para vender no dia da megapromoção; isso para produtos de alto giro”, pontua o especialista em varejo alimentar.
  3. Diversifique as promoções – “Realize ofertas progressivas, combos de produto, frete grátis acima de um determinado valor e sorteios”, cita Leandro
  4. Disponibilize diferentes formas de pagamento – “Para captar o maior número de clientes, é importante aceitar: pix, cartão de crédito e débito, vale alimentação. No dia da Black Friday ainda vale dar uma opção de parcelamento em até 3x, a partir de um valor estipulado”, ressalta.
  5. Treinamento da equipe – “Prepare seu time para treinamentos especiais para essa data. Explique quais produtos estão em promoção; as formas de pagamento ou parcelamento daquele dia; se haverá frete grátis. Estude a possibilidade de aumentar o número de colaboradores no dia da promoção. Enfim, é importante que os colaboradores estejam cientes de tudo o que vai acontecer de diferente naquele dia na loja”, diz Leandro.
  6. Utilize as estratégias de cross selling e upselling – “Se essas estratégias forem usadas de forma efetiva, o supermercado vai melhorar a experiência do cliente na loja e, muitas vezes, fidelizá-lo; além de aumentar o ticket médio e diminuir o estoque”, comenta.
  7. Ornamentação da loja – “Coloque cartazes, bolas ou alguma decoração que sinalize que a Black Friday está acontecendo naquele dia. É importante que o layout esteja de acordo com as peças das redes sociais e com o site. Os canais precisam ter a mesma identidade visual. Os itens mais populares da Black Friday podem ser posicionados no fundo da loja. Dessa maneira, os clientes precisarão percorrer os corredores para alcançar o produto de interesse. E sse deslocamento pode expor os clientes a outras ofertas e produtos interessantes”, orienta.

Já a educadora financeira Aline Soaper alerta que, mesmo diante das ofertas, os brasileiros precisam se planejar para evitar gastos excessivos com o cartão de crédito e fazer pesquisa de preços, seja nos supermercados ou no varejo, para economizar. “O mês de novembro traz muitas oportunidades de comprar com preços mais baixos, mas o consumidor precisa ter clareza se pode realmente fazer essa compra. O planejamento financeiro é um grande aliado nesse momento pois é possível pesquisar preços de algo que esteja na lista de interesse da família e economizar, mas é preciso cautela para não exagerar e comprar coisas que não precisa apenas por estar em promoção”, ressalta Soaper.

Apesar da empolgação com a Black Friday, a educadora financeira Aline Soaper destaca ainda que é preciso ficar atento nas compras nos supermercados, em especial com uso de cartão de crédito, e nos parcelamentos de televisões, computadores e celulares. Isso porque, segundo Aline, a grande preocupação é o endividamento.

“De modo geral, na Black Friday a primeira dica é acompanhar para saber se o desconto realmente vale a pena. Essa data pode ser perigosa para quem já está endividado, quando assume novas parcelas sem ter condições de arcar com os parcelamentos. A questão de usar o cartão de crédito para parcelar um bem com valor mais alto é uma boa oportunidade para você não se descapitalizar, mas, na maioria das vezes, as pessoas acumulam parcelas com outras compras já realizadas. Se o uso do cartão de crédito, com parcelamento, for em compras de alimentos, essa questão fica ainda mais delicada, porque os alimentos vão acabar e você ainda estará pagando as parcelas.

A educadora financeira ensina 6 perguntas que você deve fazer antes de assumir uma nova dívida:

  1. Eu preciso realmente disso?
  2. Eu preciso disso agora?
  3. Eu tenho dinheiro para arcar com as parcelas desse financiamento?
  4. Existe possibilidade de fazer um planejamento para comprar sem a necessidade de me endividar?
  5. Posso renunciar a outro gasto para assumir esse novo financiamento?
  6. Qual a diferença essa compra fará na minha vida pelos próximos meses?

“Ao fazer essa reflexão o consumidor poderá decidir se compra ou não de maneira mais consciente e responsável.”, finaliza Soaper.

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