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Black Friday: Tempo de economizar, mas sempre com pé atrás

Confira algumas dicas de finanças e de segurança digital para comprar tranquilo

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Black Friday (Foto: Divulgação)
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Pesquisa mostra mapa de preços on-line para consumidor ficar de olho nos descontos na Black Friday (Foto: Divulgação)

Esperada o ano inteiro por consumidores de diversos países, a Black Friday aquece o mercado varejista no final de ano, quando lojas físicas e virtuais oferecem produtos e serviços de categorias diversas com promoções mais atrativas que nas demais datas comemorativas do ano. Criada inicialmente nos Estados Unidos nos anos 1990, a data que chegava timidamente ao Brasil em 2010 é realizada toda 4ª sexta-feira de novembro e hoje é uma grande aposta para alavancar as vendas no período.

Segundo dados da Neotrust, empresa que estuda e calcula movimentos de mercados, as vendas da Black Friday de 2020 passaram de 5,1 bilhões – valor 31% maior do que o mesmo período do ano passado -, de acordo com o estudo, foram realizados 7,6 milhões de compras online na data, número 24,7% maior do que o registrado na Black Friday em 2019.

Mas é preciso ficar atento aos preços durante todo o ano para ter certeza de fechar um bom negócio. O executivo de finanças André Aragão possui 29 anos de experiência entre nacionais e multinacionais nas áreas de auditoria, consultoria e gestão corporativa e ressalta a importância do consumidor fiscalizar os preços ao longo do ano, além de dar dicas para quem deseja usufruir das promoções durante a Black Friday.

André Aragão

André Aragão, executivo de finanças (Foto: Divulgação)

O que deve ser avaliado antes de realizar uma compra na Black Friday?

Nesse momento de pandemia/pós-pandemia, no qual muitas pessoas perderam sua fonte de renda principal, o cliente deve avaliar se o produto é mesmo essencial, evitar compras por impulso e realizar uma compra consciente.

 

O que deve ser avaliado para realizar uma compra assertiva e fazer um bom negócio?

Depois de pesar a necessidade da compra, é interessante que esse consumidor tenha acompanhado o valor do produto durante o ano para identificar se a promoção praticada na Black Friday é realmente vantajosa, pois muitas lojas adentram na Black Friday sem oferecer um diferencial entre as condições que já eram praticadas no restante do ano. Fique atento ao valor dos descontos, às condições de pagamento e à funcionalidade do bem que se almeja adquirir.

 

É vantagem parcelar a compra?

O momento ainda é incerto em relação à economia e deve-se ter cautela antes de se comprometer com parcelas a perder de vista. Essa condição de parcelamento no cartão de crédito só existe no Brasil, e apesar de aumentar o poder de compra, muitas vezes pode ser uma grande vilã, causando endividamento. Quando a loja oferece o parcelamento sem juros, cabe ao consumidor avaliar se o valor da parcela não irá comprometer seu orçamento. Caso seja oferecido desconto no pagamento à vista, essa modalidade torna-se mais interessante.

 

A pandemia de coronavírus alavancou o comércio digital. Ainda com a reabertura do comércio, as pessoas manterão o hábito de comprar online?

Com o isolamento social, as pessoas migraram para as plataformas de compra e venda online. Acredito que os brasileiros passaram a confiar mais nessas plataformas e associado ao receio de estar onde há aglomeração, a tendência é que as vendas online se mantenham em alta. Mas um dos principais aprendizados que a pandemia deixou é a importância da compra consciente. Hoje não se sabe mais se no mês seguinte o salário está garantido, e assim as pessoas evitam se endividar com a compra de itens que não são essenciais.

Além do cuidado com preços e hábitos, é preciso ter cuidado também com possíveis ataques virtuais. Claudio Bonel que é professor; Analista de dados e que – por já ser uma empresa reconhecida por seus resultados e visionária – possuem contratos no Brasil afora, além de Londres, África do Sul, Canada, Paraguai, Chile e no Reino Unido. O especialista dá algumas dicas de como se manter alerta no campo digital:

 

Claudio Bonel,

Claudio Bonel, professor; Analista de dados (Divulgação)

  1. Utilize senhas diferentes para seus diversos tipos de acesso

“Usar a mesma senha em todos os seus aplicativos, facilitará a ação do criminoso pois, uma vez que ele descobre uma senha, ele tentará a mesma nos seus demais aplicativos, inclusive nos aplicativos de acesso ao seu banco.”

 

  1. Certifique-se que está realizando o PIX para a pessoa correta

“Criminosos estão burlando o QR Code (Aquele quadradinho cheio de figuras geométricas), de modo que ao realizar a leitura, o pagamento vai para a conta do criminoso, portanto antes de concluir o pagamento, confira os dados do destinatário.”

 

  1. Ligações com ofertas arrasadoras, pedindo informações pessoais e códigos

Desconfie de prêmios e sorteios de que você não tem a certeza de que participou. Não forneça suas informações pessoais, não forneça códigos que, supostamente, serão enviados. Desligue o telefone, faça você mesmo a ligação para a empresa ou pessoa que está oferecendo algo. Esse golpe é um dos mais comuns para roubo de senhas do Whatsapp. Cuidado!

 

  1. Duvide sempre

“A regra geral é desconfiar sempre, mesmo que você receba uma mensagem de alguém conhecido, porém com um padrão diferente do de costume, talvez te pedindo para transferir dinheiro ou pagar um boleto, enfim, ligue para o destinatário, para se certificar se o contato é real.”

Cláudio também afirma que é de extrema importância denunciar caso você seja vítima de um crime virtual, leve as provas e denuncie em uma delegacia de polícia.  “É um crime relativamente novo, porém as autoridades estão preparadas para te atender, bem como você está respaldado por leis bem rigorosas.” – Afirma o especialista

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