Brasil
Bolsonaro com câncer de pele: saiba identificar pintas e manchas
Ex-presidente retirou lesões e seguirá em acompanhamento clínico; especialistas alertam para sinais que podem indicar a doença
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi diagnosticado com câncer de pele após exames no hospital DF Star, em Brasília. Segundo boletim médico, das oito lesões retiradas no último domingo (14), duas apresentaram carcinoma de células escamosas. Ele seguirá em “acompanhamento clínico e reavaliação periódica”.
Na terça-feira (16), Bolsonaro voltou a ser internado com vômitos, tontura e queda de pressão arterial, mas recebeu alta após tratamento e hidratação.
Quais são os tipos mais comuns de câncer de pele?
O câncer de pele é o tumor maligno mais frequente no Brasil e pode se apresentar de três formas:
- Carcinoma basocelular: geralmente em forma de nódulo rosado, de crescimento lento.
- Carcinoma espinocelular: lesão em nódulo que cresce rápido, com ferida difícil de cicatrizar.
- Melanoma: o tipo mais agressivo, marcado por pintas ou manchas escuras que mudam ao longo do tempo.
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), juntos, melanoma e não-melanoma representam 34% dos diagnósticos de câncer no país, com cerca de 193 mil casos anuais.
Como identificar sinais suspeitos na pele?

Especialistas recomendam atenção à chamada regra do ABCDE, usada para avaliar pintas e manchas:
- A – Assimetria: uma metade da pinta é diferente da outra.
- B – Bordas: irregulares ou mal definidas.
- C – Cores: variação de tons na mesma pinta.
- D – Diâmetro: maior que seis milímetros.
- E – Evolução: mudanças no formato, cor, coceira ou sangramento.
Ambos os tipos de não-melanoma estão relacionados à alta exposição solar e devem ser prevenidos com protetor solar e consultas frequentes.
Quem tem mais risco de desenvolver a doença?
Entre os fatores de risco mais comuns estão:
- Exposição excessiva à radiação ultravioleta
- Histórico familiar da doença
- Presença de múltiplas pintas
- Uso de imunossupressores em pacientes transplantados
Os melanomas têm potencial de metástase, por isso devem ser acompanhados com atenção redobrada.
Quais os tratamentos indicados?
Quando o câncer de pele é diagnosticado cedo, a cirurgia para retirada das lesões costuma ser suficiente. Em casos mais graves, podem ser necessárias terapias complementares, como:
- Imunoterapia, que estimula o sistema imunológico a combater células cancerígenas
- Medicamentos orais, usados em melanomas com mutações específicas
Na fase inicial, a cirurgia resolve a maioria dos casos. Tratamentos mais avançados só são indicados quando a doença se espalha.