Bolsonaro reage à taxação dos EUA e declara apoio a Trump: “Sou apaixonado por ele”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a demonstrar admiração pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante entrevista ao portal Poder360, nesta terça-feira (15). Ao comentar sobre a recente taxação de 50% a produtos brasileiros, anunciada pelo governo norte-americano, Bolsonaro afirmou:

“Sou apaixonado por ele, pelo povo americano, pela política americana e pelo país que é os Estados Unidos”.

A declaração ocorre em meio ao anúncio de tarifas comerciais impostas por Trump, que voltou a ocupar a presidência norte-americana. A medida afeta diretamente exportações do Brasil, mas, segundo Bolsonaro, não há envolvimento de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no episódio. “Negativo, ninguém tá vibrando com a taxação, não”, declarou.

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O que Trump disse sobre Bolsonaro?

Apesar da demonstração pública de admiração, Trump afirmou que não é amigo pessoal de Bolsonaro, embora tenha saído em sua defesa diante das investigações por tentativa de golpe de Estado.

“Ele [Bolsonaro] não é um homem desonesto. Lutou muito pelo povo do Brasil. Não é meu amigo, mas é alguém que eu conheço como representante de milhões de brasileiros”, disse Trump em entrevista coletiva.

O ex-presidente dos EUA classificou o processo contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas” e declarou ser lamentável a tentativa de puni-lo judicialmente. “Ninguém está feliz com o que o Brasil está fazendo porque Bolsonaro era um presidente respeitado”, completou.

Bolsonaro pode ser condenado por tentativa de golpe?

Na segunda-feira (14), a Procuradoria-Geral da República (PGR), por meio do procurador-geral Paulo Gonet, apresentou as alegações finais no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado.

A PGR pediu a condenação de Bolsonaro e de nomes ligados ao seu governo, incluindo os ex-ministros Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Braga Netto, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira, além de Mauro Cid e do ex-comandante da Marinha Almir Garnier.

A defesa dos réus ainda deve se manifestar antes que o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, elabore seu voto e dê início ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).