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Câncer de próstata mata, em média, 44 homens por dia no Brasil

Médica explica importância de fazer exame e da prevenção

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Câncer de próstata mata, em média, 44 homens por dia no Brasil
Câncer de próstata mata, em média, 44 homens por dia no Brasil

de 2019 a 2021, foram mais de 47 mil óbitos em razão do câncer de próstata. No ano passado, 16.055 homens morreram em consequência da doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2022. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), outro indicador do Ministério da Saúde mostra o impacto da doença no país. Em 2020, foram registradas 31.888 biópsias. Em 2021, 34.673, e até agosto deste ano, mais de 27 mil. A biópsia é solicitada quando o médico desconfia de que há algo errado ao analisar os exames de toque retal e dosagem de PSA.

Segundo a médica geriatra Roberta França, sempre que falamos sobre câncer de próstata, é muito importante compreendermos o quanto o preconceito faz com que homens morram todos os anos de um dos cânceres que se desenvolve de forma mais lenta no corpo. “Esse tumor tem um crescimento lento e tem cura na maioria dos casos, quando diagnosticado precocemente. Ainda assim, ele é um dos que mais mata no mundo, justamente pela dificuldade que os homens têm de compreender a importância da prevenção, de a partir dos quarenta anos, procurar o urologista, fazer o toque e fazer o exame de próstata”, lamenta.

Roberta França, médica geriatra (Foto: Divulgação)

Roberta explica que, ainda que os homens façam o exame PSA, que é o hormônio coletado no sangue para detectar anormalidades na próstata, ele não tira a necessidade do toque retal. “Fazer o exame de toque é fundamental para melhor visualizar e compreender como está a próstata. Precisamos trabalhar esta consciência, pois os homens têm muita dificuldade de compreender esta importância”.

Roberta tenta explicar os motivos de os homens procurarem os médicos menos vezes que as mulheres. “As mulheres são orientadas a vida inteira a fazer o exame preventivo todos os anos. Isso acaba gerando uma facilidade de fazer um exame que é incômodo, enquanto que os homens acham que o toque retal é incômodo e não fazem. É como se as mulheres fossem treinadas a ver isso com normalidade. É preciso normalizar o exame de próstata, pois ele salva vidas. Não faz sentido, em pleno ano de 2022, homens morrerem de câncer de próstata, sendo que ele poderia ter sido diagnosticado muito antes, com total possibilidade de cura”.

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