Motorista carrega 1,4 tonelada de batatas em carro e choca fiscais

Um Ford Ka chamou atenção ao ser flagrado transportando 58 sacos de batatas, somando 1.460 tonelada — mais que o triplo do limite permitido de 423 kg. A cena, registrada na Ceasa de Curitiba, em Almirante Tamandaré, viralizou nas redes sociais e levantou discussões sobre segurança viária e irregularidades no transporte de cargas.  

Os sacos estavam distribuídos tanto dentro do carro quanto no teto, contrariando normas, que limita a altura do bagageiro a no máximo 50 cm e exige que a carga permaneça dentro das dimensões do veículo. 

O carro popular foi rapidamente apelidado pelos internautas de “KAminhão”. O motorista, que também era o comprador da mercadoria, pediu que os sacos fossem colocados no carro e acabou sendo barrado por fiscais da Ceasa antes de deixar o local. Após deixar metade da carga, conseguiu seguir viagem — ainda que em condições inadequadas.

Confira o vídeo

Por que o excesso de batata não gerou multa?

Mesmo com o peso bem acima do permitido pelo fabricante, o excesso em si não configura infração de trânsito, já que veículos de passeio com condutor de categoria B podem transportar até 3,5 toneladas. O problema está no modo como a carga foi posicionada.

De acordo com o artigo 231, inciso V, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transportar carga que exceda os limites legais de largura, altura ou comprimento é infração média, gerando multa de R$ 127,69 e cinco pontos na CNH. No caso do Ford Ka, a sobrecarga no teto poderia justificar essa penalidade. Mesmo assim, não houve aplicação de multa, e o condutor seguiu viagem após reduzir o peso.

Quais são os riscos mecânicos?

Embora o carro não tenha sido multado por peso, os riscos mecânicos são significativos. Um veículo como o Ford Ka não foi projetado para suportar mais de 423 kg. Sobrecarregá-lo pode comprometer motor, pneus, suspensão e estrutura, aumentando as chances de falha e acidentes graves.

A situação serve de alerta para a importância de respeitar os limites técnicos do veículo e as normas de segurança. Cenas como essa podem parecer engraçadas nas redes sociais, mas representam perigos reais no trânsito brasileiro.