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Confiança do consumidor registra queda em janeiro e atinge menor nível em quase um ano

Segundo.a FGV Ibre, os resultados indicam uma desaceleração no otimismo do consumidor, que vinha apresentando sinais de recuperação

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Os preços foram monitorados em lojas on-line e nos principais shoppings das zonas Norte, Sul e Oeste do Rio. Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) sofreu uma retração de 5,1 pontos em janeiro, alcançando 86,2 pontos. Divugado pela Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), nesta segunda-feira (27), trata-se do menor patamar registrado desde fevereiro de 2023, quando o indicador marcou 85,7 pontos. A queda reflete um cenário de maior cautela por parte das famílias diante das incertezas econômicas e do enfraquecimento das expectativas para os próximos meses.  

Em uma análise mais ampla, considerando as médias móveis trimestrais, o índice também apresentou recuo, caindo 2,2 pontos e encerrando o período em 90,6 pontos. Esses números indicam uma desaceleração no otimismo do consumidor, que vinha apresentando sinais de recuperação.

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“A queda da confiança do consumidor foi impulsionada pela deterioração tanto das perspectivas futuras quanto das condições atuais pelo segundo mês consecutivo, levando o indicador de volta à faixa dos 80 pontos e evidenciando um maior pessimismo entre os consumidores neste início de ano. O indicador de situação financeira futura das famílias reforça essa percepção, apontando uma piora na visão do consumidor sobre suas finanças”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre.

“O resultado é disseminado entre as faixas de renda e possivelmente aliado a focos de pressão inflacionária, além da continuidade do aumento da taxa de juros que encarece dívidas e dificulta a compra de bens de maior valor”, completa a analista.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede a situação financeira futura da família foi o que apresentou a maior contribuição na queda da confiança no atual mês ao recuar 6,7 pontos, para 92,5 pontos, atingindo o menor nível desde agosto de 2022 (90,0 pontos).

A queda também foi observada nos indicadores que medem as perspectivas para situação econômica local futura e para compras previstas de bens duráveis, que caíram 4,6 e 5,9 pontos, para 98,3 e 85,1 pontos, respectivamente.

Os indicadores que avaliam o momento atual também recuaram. O indicador que mede a percepção sobre a economia local recuou 2,5 pontos, para 89,5 pontos, enquanto aquele que mede a percepção sobre as finanças pessoais das famílias recuou 4,1 pontos, para 69,7 pontos.

A queda da confiança ocorreu também em todas as faixas de renda, sendo mais acentuada entre os consumidores com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00. Todas as faixas se mostram pessimistas em relação à avaliação sobre o momento atual e às perspectivas nos próximos meses, com a confiança das famílias das faixas de renda de R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 e acima de R$ 9.600,01 atingirem menor nível desde julho de 2022 (83,7 e 85,7 pts., respectivamente).