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Defesa de Bolsonaro reage com “surpresa e indignação” às medidas impostas pela PF
A Polícia Federal cumpre dois mandados de busca e apreensão em Brasília: um deles na residência do ex-presidente Jair BolsonaroA defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou na manhã desta sexta-feira (18) sobre as medidas cautelares impostas pela Polícia Federal, durante a operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota oficial, os advogados afirmaram que receberam as determinações com “surpresa e indignação” e que irão se pronunciar formalmente assim que tiverem acesso completo à decisão.
“A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário. A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial”, diz o comunicado divulgado à imprensa.
Operação da PF
A Polícia Federal cumpre dois mandados de busca e apreensão em Brasília: um na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro e outro em endereços ligados ao Partido Liberal (PL).

Além do cumprimento dos mandados, o STF determinou uma série de medidas restritivas ao ex-chefe do Executivo. Bolsonaro terá que:
- Usar tornozeleira eletrônica;
- Cumprir recolhimento domiciliar diário, das 19h às 7h;
- Evitar qualquer uso de redes sociais;
- Não se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
- Não manter contato com outros investigados ou réus de ações no STF.
As medidas fazem parte do desdobramento de investigações envolvendo o ex-presidente, mas o conteúdo integral da decisão ainda não foi tornado público.
PGR pede condenação de Bolsonaro e mais sete
Na última terça-feira (15), a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a condenação de Jair Bolsonaro e de outros sete ex-integrantes do seu governo. O motivo seria a articulação de uma tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022, que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O grupo é acusado de planejar ações para anular o resultado eleitoral e impedir a posse do presidente eleito. A denúncia apresentada pela PGR representa um avanço no processo judicial contra o ex-presidente e seus aliados mais próximos.