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Deputado Paulinho da Força é denunciado por caixa dois eleitoral pela Polícia Federal

Nesta sexta-feira, a PF concluiu o inquérito referente à operação

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(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), e mais duas pessoas por caixa dois eleitoral, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. As penas variam de três a 12 anos de prisão. As investigações tiveram como base a delação premiada de executivos e acionistas do Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

O deputado teria recebido do grupo R$ 1,7 milhão nas eleições de 2010 e 2012, quando foi candidato a deputado federal e a prefeito de São Paulo. Deste valor, R$ 1,45 milhão teria sido por meio de caixa dois. Segundo os delatores, o dinheiro foi entregue em espécie, por doleiros, num comitê do então candidato, em São Paulo, nos anos de 2010 (R$ 750 mil), 2012 (R$ 300 mil) e 2013 (R$ 200 mil).

Paulinho da Força foi alvo da primeira operação da Lava-Jato na Justiça Eleitoral em São Paulo em julho do ano passado, quando a PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências do deputado em São Paulo e Brasília, no gabinete da Câmara Federal e na sede da Força Sindical, que foi presidida pelo parlamentar.

Nesta sexta-feira, a PF concluiu o inquérito referente à operação. Também foram indiciados Cristiano Vilela de Pinho e José Gaspar Ferraz de Campos, todos pelos mesmos crimes atribuídos ao deputado. As investigações relacionadas ao deputado foram iniciadas em meados de 2019, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que crimes conexos às campanhas eleitorais deveriam ser apurados pela Justiça Eleitoral.

A decisão da Corte foi tomada por seis votos a cinco. Como os fatos ocorreram fora do exercício do atual mandato, o processo pode ser movido na primeira instância.

 

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