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Dia da Mulher: especialistas explicam como é possível melhorar a libido feminina

Tratamentos devem ser individualizados e podem incluir desde métodos de modulação hormonal, suplementação e até medicamentos e terapia com psicólogo ou sexólogo

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Libido feminino
(Foto: Reprodução)

A manutenção de uma vida sexual ativa vem se tornando um tema cada vez mais comum nos consultórios médicos. O Dia Internacional das Mulheres, em 8 de março, é uma data para se pensar nas vantagens de ser sexualmente feliz e nas formas de manter a libido alta. Para a geriatra especialista em modulação hormonal e medicina ortomolecular Márcia Umbelino, se relacionar sexualmente é fundamental para ter saúde. A médica costuma combinar tratamentos de forma personalizada com o objetivo de aumentar o desejo.

“A libido feminina é complexa. Todas querem um remédio, mas a eficácia dessas medicações é questionável. A reposição é indicada para quem está na menopausa. Até mesmo a pré-menopausa pode alterar uma libido que antes funcionava bem. Mas a reposição não vai aumentar a de quem não tem a questão pela falta de hormônios, e sim por conta de uma relação de baixa qualidade”, explica Umbelino.

Medicina ortomolecular Márcia Umbelino
Medicina ortomolecular Márcia Umbelino (Foto: Daniel Castelo Branco)

Quando o relacionamento está bem, mas o corpo não responde, é hora de procurar ajuda. Segundo Márcia, regular a produção de testosterona pode significar um grande ganho nesse sentido e na qualidade de vida. Em alguns casos, é indicado estimular o aumento na produção da substância com suplementos e vitaminas. Apesar de não existir um comprimido mágico, é possível adotar alguns métodos, como o implante de chip e a soroterapia, para a mulher não se resignar a ter uma vida sexual insatisfatória.

A pílula rosa chamada de Addyi, por exemplo, é conhecida como ‘Viagra feminino’. No entanto, funciona de uma maneira diferente, com atuação no cérebro para melhorar o desejo sexual, enquanto o medicamento masculino estimula a ereção do pênis. Já o Vyleesi tem o objetivo de tratar o baixo desejo sexual em mulheres na pré-menopausa. De acordo com a geriatra, ambos têm benefícios desanimadores e efeitos colaterais.

“Entre os medicamentos naturais para ajudar no desejo sexual, a Maca peruana é bastante eficaz. Mas lembre-se: muitos fatores podem influenciar. Por isso, é indispensável a consulta com um especialista para saber as causas e optar pelo tratamento adequado”, recomenda.

Para a ginecologista especialista em sexualidade Nathalie Raibolt, a mulher também precisa ampliar o contato com o corpo todo, a fim de aumentar a excitação, a lubrificação e consequentemente a libido e o prazer. A chave é explorar a criatividade, estimulando as sensações físicas e a excitação psicológica. Já para os casos de ressecamento vaginal, a médica indica a reposição local de estrogênio, além de hidratantes vaginais para quem tem contraindicação ao uso de hormônio tópico.

“O prazer é bem-vindo durante toda a vida. O sexo ajuda a manter a percepção de conexão com uma parceria e de autoestima, por isso, ele não deixa de ser uma área importante da vida. Outro ponto que desperta atenção são os benefícios do orgasmo e da masturbação para a saúde da mulher, pois garantem um estímulo ao fluxo de sangue na vulva e na vagina. O sangue é o que nutre os tecidos, e essa manutenção pode fazer diferença em incômodos como os causados pela menopausa”, finaliza Nathalie.

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