Brasil

Dia Mundial contra a Hanseníase: especialista promove conscientização a respeito da doença

A hanseníase é uma doença que, embora tenha diminuído sua prevalência ao longo dos anos, ainda persiste como um desafio de saúde pública no Brasil. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hanseníase de 2023, publicado pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, em 2022, foram diagnosticados 14.962 novos casos no Brasil. Provocada pelo Mycobacterium leprae, também chamado de bacilo de Hansen, a patologia é transmitida através das vias aéreas, mediante secreções nasais, gotículas de tosse, espirro ou fala dos pacientes na forma multibacilar.

De acordo com a Dra. Denise Altomar, dermatologista e diretora dos Prontos Atendimentos da Unimed-Rio, os pacientes tornam-se não transmissores após iniciar o tratamento medicamentoso. A médica também explica que devemos ficar atentos aos sinais. “Os sintomas da hanseníase não se limitam à pele. Manchas brancas ou avermelhadas podem surgir em qualquer parte do corpo, acompanhadas de perda ou alteração da sensibilidade ao frio, calor, tato e dor”. Ela ressalta um indício crucial: a alteração de sensibilidade nas lesões, onde o paciente não sente mudanças de temperatura ou dor.

Diagnóstico e tipos

O diagnóstico é realizado por exame físico criterioso dermatológico e neurológico, incluindo testes de sensibilidade. Pacientes com suspeita são submetidos a exames laboratoriais, como baciloscopia e biópsia, para confirmar o diagnóstico. “Existem tipos multibacilares, transmissores, e paucibacilares, não transmissores. Algumas formas da doença não apresentam lesões de pele, requerendo testes adicionais para diferenciação”, pontua a Dra. Denise.

Possíveis Sequelas

“A hanseníase pode deixar sequelas, como a perda parcial ou completa da sensibilidade nas extremidades”, ressalta a médica. Segundo a especialista, o grau de acometimento nervoso determina a permanência do déficit sensitivo ou motor, afetando a qualidade de vida do paciente. Por isso, é muito importante procurar um médico ao notar os primeiros sintomas.

Cura e Tratamento

A Dra. Denise assegura que a hanseníase tem cura, desde que o tratamento seja realizado de forma adequada. “O tempo de tratamento varia conforme a gravidade e forma da doença, sendo mais prolongado para os multibacilares. O acompanhamento contínuo das lesões neurológicas e possíveis sequelas é essencial”. Ela ressalta que o tratamento é realizado, geralmente, com antibióticos e pode durar de seis meses a dois anos, dependendo da forma da doença.

Preconceito e Conscientização

“Apesar dos avanços, o preconceito persiste. O primeiro passo foi mudar o nome de lepra para hanseníase e esclarecer que existe tratamento fornecido pelo governo para todos – o que leva à cura”. A médica destaca campanhas como o ‘Janeiro Roxo’, promovido pelo Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Dermatologia, como fundamentais para esclarecer a população.

Posts Recentes

777 impede oficial de justiça de verificar documentos da Vasco SAF

777 proíbe fiscalização da Vasco SAF pela justiça

3 horas atrás

Alex de Souza conta com paixão e motivação dos torcedores do Botafogo para abrir desfiles da Série Ouro

Carnavalesco participa do Botequim do Mister, que teve homenagem ao Apolinho, enredo do Bloco do…

4 horas atrás

Com a chegada de português no Vasco, técnicos estrangeiros comandam metade dos clubes da Série A

O português Álvaro Pacheco chegou ao Vasco e agora se uniu aos treinadores estrangeiros que…

6 horas atrás

Sampaio Corrêa perde mais uma na Série C

Adversário do Fluminense terá que reverter a vantagem tricolor  

6 horas atrás

Homem morre afogado durante ressaca no mar de Itacoatiara, em Niterói

Um homem morreu afogado na praia de Itacoatiara, em Niterói, durante uma ressaca na tarde…

7 horas atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!