ESG deixa funcionários mais felizes? Estudo diz que sim

Um estudo realizado pela startup Humanizadas revelou que organizações que adotam práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) têm uma equipe mais satisfeita e engajada. Segundo a pesquisa, 85% dos colaboradores de empresas consideradas sustentáveis expressaram satisfação e recomendaram seus empregos atuais.

O levantamento, conduzido entre 2020 e 2022, abrangendo mais de 30 mil stakeholders do mercado financeiro, incluindo lideranças, funcionários, clientes, parceiros e comunidades, destaca o impacto positivo das diretrizes ESG no bem-estar dos profissionais. Além disso, a vontade de expressar opiniões nas redes sociais não é algo novo e até já virou piada no X, ex-Twitter. Mas é algo mais latente entre os nascidos na chamada Geração Z (os nascidos após 2000), segundo a pesquisa “Vem na Trend 2024” feita pelo Instagram em parceria com a WGSN (Worth Global Style Network). O estudo entrevistou jovens de 16 a 24 anos nos Estados Unidos, Reino Unido, Índia, Brasil e Coreia do Sul e concluiu que, para metade dos entrevistados, fazer ativismo nas redes sociais tem o mesmo peso que votar em pleitos. 

Segundo o especialista em Gestão de Resíduos, coleta seletiva e Presidente do Grupo Urbam, Guilherme Almeida, que aplica o ESG nas empresas, é crucial entender como integrar o ESG nas operações diárias de uma empresa. “Isso começa com a incorporação dos princípios na política corporativa. Não é apenas sobre adotar políticas sustentáveis, mas também sobre garantir que essas práticas estejam alinhadas com os valores e objetivos centrais do negócio. A educação desempenha um papel vital aqui. Investir em treinamentos e workshops para sensibilizar os funcionários sobre o benefício do ESG não é apenas benéfico, como é essencial. Isso ajuda a criar uma base de conhecimento compartilhado e um entendimento comum dos objetivos da empresa”, explica. 

Guilherme também diz que uma comunicação transparente é outro pilar importante. “As empresas devem manter uma linha de comunicação aberta sobre suas iniciativas ESG, permitindo que os colaboradores acompanhem o progresso e ofereçam feedbacks. Isso não é apenas para aumentar a transparência, mas também para promover um sentido de propriedade e envolvimento entre os funcionários. Envolver os colaboradores nas decisões relacionadas ao ESG também é fundamental. Quando os funcionários sentem que tem voz ativa, eles podem contribuir de maneira significativa. Isso eleva seu engajamento e satisfação. É claro que é essencial ter mecanismos para avaliar o impacto dessas iniciativas ESG e coletar feedback contínuos para melhorias”, afirma. 

Agora, por que o ESG é tão crucial nas organizações de hoje? Guilherme responde que além de melhorar a imagem corporativa e atrair talentos, especialmente os importantes para a geração Z que valoriza a sustentabilidade e responsabilidade social, as práticas ESG também levam a uma maior responsabilidade ambiental e social. “A pesquisa ‘Vem na Trend 2024’, do Instagram, em colaboração com a WGSN, ressalta a importância do ativismo nas redes sociais, especialmente entre os jovens. Para muitos da geração Z, fazer ativismo online tem tanto peso quanto votar em eleições. Isso destaca a necessidade das empresas se adaptarem e reconhecerem a relevância das redes sociais e do ativismo digital. Para maximizar o engajamento dos colaboradores, é essencial criar um ambiente de trabalho que ofereça um senso de propósito. Quando os funcionários percebem que seu trabalho contribui para metas sociais e ambientais mais amplas, eles se sentem mais motivados e satisfeitos. Adotar práticas ESG vai além da responsabilidade corporativa. É uma estratégia inteligente para construir uma equipe mais satisfeita, engajada e mais produtiva. Estamos testemunhando uma mudança significativa na maneira como as empresas operam. E o ESG está no centro dessa transformação”.