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Brasil

Falência da Americanas é o pior cenário para minoritários

Especialista explica as saídas para a recuperação judicial e o que pode ser feito

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Lojas Americanas
Advogados das Americanas reafirmam que não haverá demissão em massa (Foto: Divulgação)

Desde que o rombo de R$20 bilhões nos balanços financeiros nas contas da Americanas se tornou público no dia 11 de janeiro, a empresa enfrenta uma recuperação judicial. As ações despencaram nas últimas semanas, saindo de R$ 12 para R$1, foram retiradas do Ibovespa e de outros 13 índices da B3.

Diante do que já é considerado o pior cenário para os investidores minoritários da empresa, foi feito um pedido de recuperação judicial na Quarta Vara Empresarial do Rio de Janeiro no último dia 19. Com isso, muita gente deve estar se perguntando quais serão os próximos passos da empresa.

Consultor tributário Francisco Arrighi
Consultor tributário Francisco Arrighi (Foto: Divulgação)

Segundo o consultor tributário Francisco Arrighi, da Fradema Consultores Tributários, a partir da recuperação aceita pela justiça, a empresa terá 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial. “A recuperação judicial é uma forma que o juízo entende ser possível recuperar a empresa para evitar um mal maior, que é a quebra também conhecida como falência”, explica.

Ainda segundo Francisco, a Americanas fará uma proposta concreta aos credores, que será elaborada por especialistas demonstrando ao juízo e ao administrador judicial, conhecido como AJ, que, através de um plano demonstrarão, é possível salvar a companhia. “Neste plano haverá propostas de redução de custos, diminuição de pessoal, descontos a serem concedidos pelos credores, que muitas vezes podem chegar até 80% do valor efetivamente devido”.

Francisco finaliza explicando que as dívidas tributárias e as dívidas com garantia real não integram o plano de recuperação judicial. “No caso específico da Americanas, parece estarmos diante de uma fraude contábil. Com isso, iludindo os investidores, onde todos possivelmente responderão quais sejam diretores, contadores, auditores, enfim, todos aqueles que estiverem envolvidos com essa fraude, estima-se uma perda de mais de R$40 bilhões”, afirma.

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