Brasil
Fonte de água em Uganda recebe nome de brasileira
Iniciativa se deu após uma visita ao país africano onde a precariedade da água é um problema grave e multifacetado
Uma viagem de férias acabou se transformando em uma missão de vida para a brasileira Pipa Brasey, que vive na Europa há mais de 30 anos. Durante uma passagem pela cidade de Kayonza, no distrito de Mikomo 2, região central de Uganda, uma das áreas mais afetadas pela falta de infraestrutura e acesso a serviços básicos, ela se deparou com uma realidade que a tocou profundamente. Segundo dados amplamente divulgados em relatórios internacionais, muitos países da África Subsaariana ainda enfrentam grandes desafios por causa da má gestão de recursos, mudanças climáticas e escassez de água potável. Mas nada preparou Pipa para o que veria de perto.
“Meu coração apertou”
Durante visitas a casas da comunidade e à escola primária local, Pipa percebeu o tamanho do sacrifício diário dos moradores: muitos caminhavam entre 10 e 15 km a pé apenas para conseguir água, e ainda assim, mantinham impressionante cuidado com higiene, alimentação e limpeza. “Me doeu no coração ver crianças passando por esse sacrifício, mas estarem sempre cantando e com um sorriso no rosto”, contou Pipa, emocionada. “Essa foi a primeira de muitas que pretendo ajudar a construir. Quero atingir o número máximo de famílias desse lugar que parece esquecido.”

A cena das crianças carregando galões pesados marcou profundamente a brasileira.
A atitude que mudou a vida de 40 famílias
Sem pensar duas vezes, Pipa decidiu financiar a construção de uma fonte de água potável dentro da própria comunidade. Agora, 40 famílias não precisam mais caminhar longas horas para ter acesso ao recurso mais básico e fundamental para a sobrevivência.
E o carinho da população veio em forma de homenagem: a fonte recebeu o nome de Pipa Brasey. “Fiquei super emocionada ao ver aquelas pessoas carregando galões de água. Meu sentimento é de gratidão e orgulho por fazer a diferença na vida deles. Saber que agora têm água perto de casa não tem preço”, disse ela.
A iniciativa da brasileira reacende debates importantes sobre desigualdade global, acesso a direitos básicos e o impacto que ações individuais podem ter em comunidades inteiras.