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Ginecologista preso em BH é denunciado por cinco mulheres por importunação sexual

Médico atua em hospital no Bairro Santa Tereza, na Região Leste da capital mineira. Dois inquéritos foram abertos pela Polícia Civil e um deles já foi encerrado

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Médico trabalha em um hospital na Região Leste de BH. Ele foi afastado das funções (foto: Reprodução/Google Street View)

(Estado de Minas/João Henrique do Vale) Depois da divulgação da prisão do ginecologista Edilei Rosa de Novais, mais mulheres procuraram a delegacia para denunciá-lo por abusos sexuais. Já são cinco pacientes que denunciaram o médico, que atua em um hospital no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte. Um inquérito já foi encerrado e o profissional de saúde foi indiciado por importunação sexual contra uma mulher.

Na primeira investigação, apenas uma paciente denunciou o médico. Na tarde desta sexta-feira, a Polícia Civil informou, por meio de nota, que outras quatro mulheres denunciaram o ginecologista por importunação sexual. Essas acusações estão sendo apuradas em um segundo inquérito. O médico foi transferido para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Nesta sexta-feira, pegou fiança e foi solto.

As denúncias contra Edilei Rosa vieram à tona na última quarta-feira, quando ele estava de plantão no pronto-atendimento. Por volta das 16h, atendeu uma jovem que havia colocado DIU intrauterino há poucos dias e estava sentindo muita dor. Durante os exames, ele teria assediado e tentado beijar a paciente. O namorado dela a aguardava na sala de espera. Após ouvir o relato da moça, tentou tirar satisfações com o médico e depois acionou a polícia.

Segundo a jovem, enfermeiras teriam relatado à polícia que outros casos já teriam acontecido, inclusive com funcionárias. Algumas delas diziam que o apelido do médico dentro do hospital era “João de Deus”, em referência ao médium preso suspeito de abordar de várias mulheres durante atendimentos espirituais em Abadiânia, interior de Goiás.

Afastamento das atividades

Hospital da Mulher e Maternidade Santa Fé havia divulgado uma nota informando que o médico ficaria afastado das atividades até a conclusão do inquérito e que, se fosse comprovada a culpa, poderia até ser expulso definitivamente do quadro profissional. A Comissão de ética da maternidade também afirmou que encaminharia o relato ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, para as medidas cabíveis.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG)afirmou que vai apurar o caso, com base no protocolo estabelecido pelo Código de Processo Ético Profissional (CPEP). Os procedimentos correm em sigilo.

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