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Brasil

Governo de São Paulo cobra Ministério da Saúde após corte de 50% no envio de vacinas da Pfizer

João Doria classificou a decisão como arbitrária e pediu que lote proporcional à população paulista seja entregue em 24 horas

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João Doria
(Foto: Divulgação/Governo de São Paulo)
João Doria

(Foto: Divulgação/Governo de São Paulo)

O governador João Doria fez uma cobrança pública ao Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (04), sobre o corte de 50% do último lote proporcional à população de vacinas da Pfizer a que São Paulo tem direito. O governo encaminhou ofício a Brasília pedindo que mais 228 mil doses do imunizante sejam entregues em prazo de até 24 horas.

“O governo de São Paulo recebeu ontem 228 mil doses a menos do previsto da vacina da Pfizer. Aquilo que deveria ter sido entregue ao estado não foi”, declarou o governador. “A última remessa de vacinas da Pfizer foi reduzida à metade sem nenhuma justificativa. A decisão que, como Governador, qualifico como arbitrária, representa a quebra do pacto federativo. O Governo Federal decidiu punir quem fez o certo e foi eficiente na vacinação”, reforçou Doria.

Com população aproximada de 46,3 milhões de pessoas, segundo estimativa de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), São Paulo tem direito a 22% das vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI). Pelas normas do Sistema Único de Saúde (SUS), cada estado tem direito a lotes proporcionais à população local, independentemente de público-alvo da vacinação ou tipo de imunizante disponível.

O ofício do governo de São Paulo foi remetido diretamente ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. No documento, a gestão paulista acusa que a pauta do governo federal reservou apenas 10% do total da nova entrega nacional de imunizantes da Pfizer para São Paulo.

“O PNI é seguido de uma forma ética e planejada pelo Governo de São Paulo. Com essa organização, o Estado de São Paulo não poderia ter sido surpreendido por uma medida tão descabida”, disse o secretário de estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.

“É muito preocupante o que ocorreu. O planejamento da imunização depende da manutenção dos critérios que estão sendo utilizados e precisamos que o recebimento de vacinas seja mantido”, acrescentou João Gabbardo, Coordenador-Executivo do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo.

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