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Hacker desvia até R$ 800 milhões e derruba Pix de instituições

Ação criminosa atingiu empresa de tecnologia que conecta bancos ao sistema do Pix; Polícia Federal investiga o caso

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Bancos lançam ferramenta para devolução de PIX em casos de fraude
Pix (Créditos: depositphotos.com / BrendaRochaBlossom)

Um ataque hacker de grandes proporções atingiu o sistema de uma empresa de tecnologia que presta serviços para instituições financeiras ligadas ao Pix, afetando operações e, segundo relatos, desviando centenas de milhões de reais.

A empresa C&M Software, responsável por intermediar a conectividade de pequenas instituições financeiras com o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), comunicou o Banco Central (BC) sobre o incidente nesta quarta-feira (2). O ataque teria envolvido o uso fraudulento de logins e senhas de clientes para acessar os sistemas da empresa.

Reportagens indicam que o prejuízo pode variar entre R$ 400 milhões e R$ 800 milhões, mas os valores não foram oficialmente confirmados. De acordo com o jornal O Globo, pelo menos oito instituições financeiras tiveram recursos desviados.

Quem foi afetado e quais medidas foram tomadas?

A Polícia Federal foi acionada e investiga o caso com o apoio do Banco Central e da Polícia Civil de São Paulo. A empresa C&M Software afirma que os sistemas críticos permanecem íntegros e que todas as medidas de segurança previstas foram executadas.

Durante o pico da crise, o Banco Central suspendeu temporariamente o acesso das instituições clientes da C&M ao sistema Pix, o que interrompeu os serviços dessas instituições na quarta-feira.

Na quinta-feira, o BC autorizou a retomada parcial da operação, com restrições de horário (dias úteis, das 6h30 às 18h30) e reforço nos controles de fraude e limites de transações.

Bancos se pronunciam sobre o ataque hacker

O banco BMP declarou que houve acesso não autorizado às suas contas de reservas, usadas exclusivamente para liquidação interbancária, sem impacto nas contas dos clientes.

Já o Banco Paulista confirmou a suspensão temporária do Pix, mas garantiu que não houve vazamento de dados ou movimentações indevidas. A empresa Credsystem, segundo o jornal Valor Econômico, também teve o Pix suspenso, mas mantém o serviço de TED operando normalmente.

Fontes ouvidas pela imprensa afirmam que o ataque não causou perdas diretas para os clientes, e que as instituições afetadas são, em sua maioria, pequenos bancos e fintechs atendidos pela C&M.