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Homem é indiciado por esquartejar namorada e espalhar partes do corpo por cidade

Ricardo Jardim, de 66 anos, foi indiciado por feminicídio e outros seis crimes após investigação do assassinato de Brasília Costa, de 65

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Suspeito de esquartejar namorada em Porto Alegre é indiciado por feminicídio
Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu o inquérito sobre o chamado crime da mala e indiciou o publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e falsificação de documentos, entre outros. A vítima é Brasília Costa, de 65 anos, cuja morte e esquartejamento chocaram Porto Alegre em agosto deste ano.

Segundo o delegado Mário Souza, diretor do Departamento de Homicídios, a soma das penas pelos crimes imputados pode chegar a quase 100 anos, caso Jardim seja condenado. O suspeito está preso preventivamente desde setembro.

Como foi o crime e a investigação

Momento em que homem deixa mala na rodoviária. Foto: Reprodução

A investigação começou após o torso de Brasília ser encontrado dentro de uma mala guardada em um armário na rodoviária de Porto Alegre, em agosto. As pernas foram localizadas em pontos diferentes da Zona Sul da cidade, e a polícia ainda busca o crânio da vítima.

De acordo com os investigadores, o primeiro descarte de partes do corpo ocorreu em 13 de agosto, em uma área isolada da Zona Leste, sem câmeras de segurança. No dia 20, uma segunda parte foi deixada na rodoviária, local de grande circulação e monitoramento.

Imagens de segurança foram fundamentais para a identificação do suspeito. Em uma delas, Jardim aparece abaixando a máscara, o que permitiu confirmar sua identidade.

O que diz o suspeito

Em depoimento obtido pelo jornal Zero Hora, Ricardo Jardim negou ter matado a namorada. Ele afirmou que, ao chegar ao quarto de Brasília em 8 de agosto, a encontrou já sem vida. “Eu disse para ele [Binho] que eu botaria ele [o corpo] numa mala, mas eu não disse para ele picar ela, não disse para ele cortar a cabeça, eu disse para ele (…) cortar um pedaço da perna, uma coisa assim, para caber numa mala”, disse.

Jardim afirmou que pagou R$ 2 mil a um catador de recicláveis conhecido como “Binho” para ajudar a colocar o corpo em uma mala. “Eu disse para ele [Binho] que eu botaria ele [o corpo] numa mala, mas eu não disse para ele picar ela, não disse para ele cortar a cabeça, eu disse para ele (…) cortar um pedaço da perna, uma coisa assim, para caber numa mala”, declarou.

Segundo o próprio depoimento, o suspeito temia ser preso e decidiu espalhar as partes do corpo em diferentes locais para dificultar as investigações. Ele afirmou ter escolhido a rodoviária por considerá-la “complexa e mal iluminada”.

Crimes pelos quais Ricardo Jardim foi indiciado

A Polícia Civil indiciou o publicitário pelos seguintes crimes:

  • Feminicídio
  • Ocultação de cadáver
  • Falsificação de documento público
  • Uso de documento falso
  • Falsa identidade
  • Invasão de dispositivo informático
  • Furto mediante fraude

O que diz a Defensoria Pública

Em nota, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul afirmou que o indiciamento “não vincula o Ministério Público nem configura uma acusação formal”, e que ainda não há ação penal em curso. A instituição também criticou a divulgação dos vídeos do interrogatório, classificando-a como violação à Lei Geral de Proteção de Dados e aos princípios da presunção de inocência e da ampla defesa.

A Defensoria informou que só atuará na defesa de Jardim caso o Ministério Público apresente denúncia formal e ela seja aceita pelo Judiciário.

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