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IBGE Divulga Dados Alarmantes Sobre Desigualdade Urbana

Mais de 64% dos moradores de favelas vivem sem arborização, evidenciando a carência de infraestrutura que torna comunidades mais vulneráveis ao domínio armado
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O Retrato da Desigualdade em Dados

Um levantamento nacional baseado no Censo do IBGE revela um cenário de profunda disparidade urbana no Brasil:

  • Arborização Precária: Nas favelas e comunidades, mais de 64% dos moradores (10 milhões e 400 mil pessoas) vivem em trechos de vias sem arborização. Em contraste, nas áreas formais da cidade, a arborização alcança 69% dos moradores.
  • Impacto Racial: O problema é acentuado entre moradores que se declaram pretos: 68% vivem em ruas completamente sem árvores.
  • Acesso a Infraestrutura: A carência de infraestrutura é generalizada:
    • Menos de 1% dos moradores de favelas vivem em vias sinalizadas para bicicletas.
    • 95% não têm rampas para cadeirantes.
    • Apenas 3,8% vivem em trechos com calçadas sem obstáculos.
  • A Rocinha: Entre as 20 maiores comunidades urbanas do Brasil, a Rocinha, no Rio de Janeiro, está entre as que possuem menos de 20% das vias com calçada.

Ausência do Estado e o Domínio Armado

Os dados apontam para algo que pesquisadores já observam há anos: As áreas com menos infraestrutura urbana, menos serviços e menos presença do poder público são justamente as mais vulneráveis ao avanço do crime organizado.

Quando as políticas urbanas não chegam, grupos armados ocupam o espaço.

Essa realidade é detalhada no novo mapa histórico dos grupos armados da UFF e do Instituto Fogo Cruzado

  • Vulnerabilidade na Região Metropolitana: O estudo aponta que 4 milhões de pessoas, o equivalente a 34% da população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, vivem hoje sob o controle ou influência de facções e milícias.
  • Comando Vermelho (CV): É o grupo que mais exerce controle territorial pleno, atingindo 1,6 milhão de moradores sob seu domínio direto.
  • Milícias: Apesar de o CV deter a hegemonia populacional, as milícias ocupam a maior área territorial, com 49% das regiões dominadas ou influenciadas, interferindo na rotina de 1,7 milhão de pessoas.
  • Expansão: O mapa revela que a expansão do CV nos últimos anos foi impulsionada por conflitos armados e pelo colapso das UPPs, avançando sobre áreas da Baixada e do Leste Fluminense.
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