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Infectologista afirma que população pobre terá dificuldade para realizar quarentena

Marco Aurélio Sáfadi é diretor do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria

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Entre os motivos está o menor acesso aos serviços de saúde (Foto: Reprodução / Agência Brasil)

Foto: Reprodução / Agência Brasil

O diretor do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria,  Marco Aurélio Sáfadi, informou neste sábado (21) que a situação dos brasileiros mais pobres durante a pandemia do novo coronavírus é uma grande preocupação. Também segundo o médico, com mais de 30 anos de experiência, nunca trabalhou com tanta ansiedade. O especialista alerta para a situação de localidades densamente ocupadas com residências de poucos cômodos e muitos moradores.

De acordo com Sáfadi, Estado e sociedade devem trabalhar em conjunto para garantir “blindagem dos idosos”. O médico defende medidas já tomadas, entre elas, o confinamento compulsório das pessoas em casa, a interrupção de atividades, como aulas e o fechamento do comércio nas cidades. “De fato as restrições de circulação desempenham um papel importante”. No entanto Marco Aurélio pondera sobre a ampliação da testagem da população, já realizada em outros países.

Na visão do médico, a infecção causada pelo novo coronavírus será mais branda entre as crianças do que nas faixas etárias mais avançadas. Porém, elas poderão involuntariamente “desempenhar um papel importante na dinâmica da transmissão”, explica Sáfadi.

Segundo o IBGE, há uma parcela significativa de brasileiros que moram em condições que trazem dificuldades para o controle de epidemias. De acordo com os dados do instituto, 12% da população reside em lugares com ao menos um cômodo inadequado e mais de 37% dos brasileiros vivem em moradias onde falta pelo menos um serviço de saneamento básico.

 

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