Janeiro branco: Veja como a profissão influencia na saúde mental

A campanha Janeiro Branco, neste ano, aborda o tema “A Vida pede Equilíbrio”, promovendo uma reflexão sobre a necessidade de ajustar a rotina de forma a valorizar os cuidados e investimentos na saúde mental, como explica a psicóloga organizacional Marilene Fernandes.

“Muitas vezes no final do ano as pessoas se dão conta de que não conseguiram atingir os resultados esperados, então aproveitam janeiro para renovar as esperanças e planejar metas para o novo ano”, conta Marilene Fernandes.

Ela atua como headhunter, caçando talentos para grandes empresas e alerta que a insatisfação no trabalho pode levar a problemas como depressão e ansiedade.

“A insatisfação com a profissão afeta tanto o profissional quanto a empresa na perda de produtividade, sendo de extrema importância atuar na prevenção das doenças decorrentes do estresse, incluindo os transtornos mentais mais comuns, como depressão, ansiedade e pânico”, diz a headhunter Marilene Fernandes.

O relatório Protegendo o Futuro do trabalho, do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos) apresentou que 53% dos brasileiros queriam mudar de profissão em 2022. Para Marilene Fernandes é fundamental iniciar a transição de carreira quando se está insatisfeito, mas a grande questão é como sustentar essa mudança.

“Ao perceber que não conseguiram mudar suas vidas, as vezes, muitas pessoas adoecem, comprometendo a saúde mental, por isso a ideia da campanha em janeiro é trabalhar a saúde emocional pensando em ações para o indivíduo ter melhor qualidade de vida”, conta Marilene.

A especialista, que ajuda profissionais a fazerem uma recolocação profissional ou a trabalhar o desenvolvimento de sua carreira de forma estruturada, relata ainda a necessidade de fazer um acompanhamento com psicólogo ou coach para conseguir realizar uma mudança na carreira de forma gradativamente, assertiva e sustentável.

“Muitas vezes a pessoa toma decisão sem pensar detalhadamente na mudança e traz uma série de consequências que o ser humano não está preparado pra sustentar”, conclui.