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Manifestações pelo país denunciam aumento dos feminicídios e violência contra mulheres

Dossiê da Mulher apontou que mais de 154 mil mulheres foram vítimas de algum tipo de violência no estado do Rio em 2024

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Manifestações em ao menos 20 estados e no Distrito Federal reuniram grupos de mulheres na manhã deste domingo (7) para denunciar o avanço dos feminicídios no país. O caso mais recente ocorreu na sexta-feira (5), quando uma cabo do Exército, Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, foi morta a facadas por um soldado que, em seguida, ateou fogo no quartel.

Segundo o Levante Mulheres Vivas, organizador das manifestações nacionais, os atos buscam chamar atenção para o cenário crescente de violência contra mulheres em diferentes regiões do país. O Brasil ultrapassou a marca de mil feminicídios somente em 2025, segundo dados compilados pela reportagem.

Qual é o panorama da violência contra a mulher no Rio de Janeiro?

O Dossiê da Mulher, em sua edição de 20 anos, apontou que mais de 154 mil mulheres foram vítimas de algum tipo de violência no estado do Rio de Janeiro em 2024. O levantamento indica avanço expressivo da violência psicológica, que representa 36% dos registros, alcançando 56 mil vítimas.

A diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública, Márcia Ortiz, afirmou que esse tipo de agressão tem crescido especialmente após a pandemia. Segundo ela, a violência psicológica é ‘principalmente realizada pela internet’. O estado registra, ainda, média de 18 mulheres agredidas por hora e aumento de 5.000% nos casos envolvendo assédio, ameaças e exposição nas redes sociais ao longo de dez anos.

Onde denunciar casos de violência contra a mulher?

Mulheres em situação de violência podem buscar ajuda em diferentes canais de atendimento. Entre eles estão:

  • Polícia Militar, pelo número 190;
  • Polícia Civil, pelo número 197 ou por meio da delegacia eletrônica;
  • Central de Atendimento à Mulher, pelo número 180;
  • Delegacias comuns ou Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam);
  • Central de Atendimento da Defensoria Pública, pelo número 129, com ramal exclusivo para vítimas.

As medidas protetivas podem ser solicitadas mesmo sem a ocorrência de crime formal. Situações como ciúme excessivo, perseguição e controle de patrimônio já permitem o pedido de proteção. De acordo com o Tribunal de Justiça do DF, o processo pode ser iniciado em delegacias físicas, na Delegacia da Mulher, pelo site da Delegacia Eletrônica ou pelo telefone 197. Após o registro, o pedido é enviado a um juiz, que deve analisá-lo em até 48 horas.

A mulher pode solicitar novas medidas caso a proteção inicial não seja suficiente. O descumprimento de medida protetiva é considerado crime.

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