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Mês de Outubro tem dia de combate ao preconceito contra pessoas com nanismo

Tema é importante para debater situação de pessoas de baixa estatura na sociedade

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Mês de Outubro tem dia de combate ao preconceito contra pessoas com nanismo (Foto: Divulgação)
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Mês de Outubro tem dia de combate ao preconceito contra pessoas com nanismo (Foto: Divulgação)

Geralmente o mês de outubro é conhecido por datas e campanhas como o Dia das Crianças e o Outubro Rosa. Porém, o décimo mês do ano também traz o dia 25, que consiste no Dia de Combate ao Preconceito Contra Pessoas com Nanismo. A data tem como objetivo trazer à luz o debate sobre a situação dos cidadãos de baixa estatura na sociedade e a acessibilidade deles a serviços como roupas, banheiros públicos e transporte.

O nanismo, ou acondroplastia, é o resultado de alterações genéticas, hormonais, nutricionais e ambientais que faz com que seres humanos não cresçam e se desenvolvam como comumente acontece, fazendo com que essas pessoas tenham uma altura abaixo da média da população. As causas podem ser genéticas e estão relacionadas com a mutação de um gene, que tem relação com o crescimento dos ossos. Uma pessoa com nanismo tem 50% de chance de ter filhos com nanismo. Já pessoas que não têm nanismo têm chances de ter filhos com nanismo após os 40 anos, quando espermatozoides e óvulos passam por alterações genéticas.

Apesar das dificuldades e do preconceito, a altura é apenas um detalhe. Este é o lema de Rebeca Costa, de 28 anos e 1,20m de altura. Formada em direito e filha de pais com estatura comum, é a caçula de três irmãs, também sem nanismo. “Desde sempre fui influenciada pelos meus pais a embarcar em busca dos meus sonhos e a motivar as pessoas com o que arde no meu coração. Nunca deixei que me diminuíssem por causa dos meus poucos centímetros de altura”, conta.

Muito vaidosa, Rebeca criou o perfil “looklittle”, no Instagram, hoje com quase 85 mil seguidores, que surgiu com o intuito de levar autoestima às pessoas com ou sem deficiência e de mostrar o nanismo de forma positiva, com foco na melhoria e troca de informação, sendo a primeira influencer com nanismo a fazer e motivar outras meninas a começar. “Eu quero derrubar esse mito, pois precisamos ser enxergados pelo mundo da moda, uma vez que o nosso maior problema neste segmento são braços e pernas curtas e pés pequenos. O resto é de adulto”, desabafa.

Rebeca

Rebeca Costa, 28 anos, formada em direito (Foto: Divulgação)

Rebeca tem uma visão de mundo muito além daquela que vemos em nosso cotidiano. Ela trabalha para conquistar espaços maiores na sociedade para pessoas com nanismo, lutando contra o costume de torná-los piada, ensinando, principalmente, a como manter a autoestima. “Passei a fazer vídeos de estímulos diante dos comentários de carinho que recebo para que possa atingir o público de maneira mais interativa e para que possam se sentir amados e contaminados pelo meu amor. Meu objetivo é levar o que mais o mundo está precisando. E mostrar que preconceitos só se obtêm quando queremos, porque quando revidamos com o que temos melhor, que é o amor, o mundo vai pra frente. O nanismo é um detalhe”, reforça.

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