Brasil
Nikolas Ferreira compara Brasil à Venezuela e critica STF: “Não teremos eleição”
Parlamentar vê operação contra Bolsonaro como perseguição e critica medidas impostas por Alexandre de MoraesO deputado federal Nikolas Ferreira (PL) afirmou que as eleições de 2026 correm risco de não acontecer, caso não haja um freio nas ações do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita em entrevista à Jovem Pan, após a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na última sexta-feira (18). Para o parlamentar, trata-se de uma “caça às bruxas” contra a oposição.
“Tudo está na mão do STF resolver. Vão recuar, vão fazer julgamentos imparciais, vão fazer a devida Justiça, ou vão continuar com essa lei assim? O que o Trump diz é uma perseguição, uma caça às bruxas à oposição, porque o que me parece que vai acontecer é o seguinte: se a gente não tomar uma decisão agora de frear a tirania, nós não teremos eleição”, disse.
Por que Nikolas Ferreira comparou o Brasil à Venezuela?
Nas redes sociais, o deputado ironizou as medidas cautelares impostas a Bolsonaro e comparou o Brasil à Venezuela, governada por Nicolás Maduro. Segundo ele, o país vizinho estaria “com inveja” do autoritarismo brasileiro. A crítica teve como foco as decisões do ministro Alexandre de Moraes, que determinou medidas como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato com diplomatas e investigados, além do veto ao uso de redes sociais.
Nikolas afirma que a situação atual vai além da preocupação com as próximas eleições: “Estamos vendo o Judiciário ultrapassar limites. Isso precisa ser interrompido, ou teremos um futuro sombrio no Brasil”.

O que está por trás das medidas contra Bolsonaro?
As declarações de Nikolas surgem no contexto da operação da PF, que impôs restrições severas ao ex-presidente, sob ordem do STF. As medidas foram criticadas por aliados de Bolsonaro, que alegam que há excesso de autoridade e cerceamento de liberdades fundamentais. A referência à Venezuela é usada para sugerir que o país estaria caminhando para práticas semelhantes às de regimes autoritários.
O deputado tem se colocado como uma das principais vozes de oposição às decisões do STF e de Alexandre de Moraes, reforçando o discurso de suposta perseguição contra a direita política no Brasil.