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Partidos pedem esclarecimentos sobre declarações de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas

Documento foi enviado ao corregedor-geral eleitoral do Tribunal, o ministro Luís Felipe Salomão

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(Foto: Talita Giudice/Super Rádio Tupi)
Presidente Jair Bolsonaro dando entrevista sobre o caso do motorista preso na Rússia

(Foto: Talita Giudice/Super Rádio Tupi)

Onze partidos políticos protocolaram uma representação solicitando que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), exija explicações do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre as declarações feitas por ele contra as urnas eletrônicas. As siglas pedem providências da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral e que o presidente preste esclarecimentos.

O documento foi enviado ao corregedor-geral eleitoral do Tribunal, o ministro Luís Felipe Salomão. Assinam o pedido o Partido dos Trabalhadores, Solidariedade, MDB, PDT, PSDB, PSOL, REDE, Cidadania, PV, PSTU e PCdoB.

“O conteúdo, conforme divulgado pelo presidente, seria a efetiva demonstração de inconsistências identificadas nas eleições de 2014 e 2018, que provariam que o processo eleitoral brasileiro não atende aos critérios de segurança esperados, sendo passível de fraudes, o que embasaria a sua tese de implementação voto impresso auditável. O que se observou, contudo, em um primeiro momento, foi um ato estritamente político, com críticas expressas a partidos de oposição, deputados e senadores que se manifestam de maneira contrária aos interesses do Presidente Jair Bolsonaro, seguido de inúmeras ofensas ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, cuja atuação foi colocada sob suspeita por “estranhamente” convencer um grande número de pessoas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas”, diz um trecho do requerimento.

O documento pede que “sejam prestadas explicações sobre as acusações sobre fraude no sistema de votação eletrônica e apuração de votos propagadas durante a transmissão ao vivo promovida no dia 29/07/2021 e sejam apresentados documentos e supostas provas das ilações amplamente divulgadas na transmissão”.

Por fim, aponta que a sequência do pronunciamento do chefe do Executivo “tinha como objetivo destacar os referidos indícios”, mas se revelou uma “esdrúxula e vexatória exposição de vídeos amadores, sem qualquer menção a métodos de pesquisa e alguns, inclusive, originários de compartilhamentos em redes sociais. O ato configurou um verdadeiro constrangimento às Instituições Democráticas e ao Estado de Direito, reiteradamente atacados pelo presidente”, destacaram as siglas.

Vale lembrar que, durante a última live presidencial da última quinta-feira (29), Bolsonaro admitiu que não tem provas para afirmar que há risco de fraude no sistema eleitoral atual, apenas indícios.

Ele foi rebatido pelo Tribunal Superior Eleitoral emitiu nota alertando que o chefe do Executivo propagou notícias falsas em sua live.

Até o momento, o Planalto não se manifestou sobre o pedido.

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