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Brasil

Personal trainer acusa comissários de assédio em voo internacional

Carioca de 30 anos afirma ter sido importunada por tripulantes durante viagem de Angola para o Brasil. PF investigará o caso

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Passageira denuncia assédio de tripulantes da TAAG durante voo
Personal trainer carioca afirma ter sido assediada por comissários em voo internacional da TAAG Airlines. Foto: Reprodução/Redes Sociais

A personal trainer Taíssa Batista Tucci, de 30 anos, denuncia que foi vítima de assédio e importunação sexual por parte de tripulantes durante um voo da companhia angolana TAAG Airlines. O episódio ocorreu no último domingo (3), entre Luanda, em Angola, e o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, antes de seu retorno ao Rio de Janeiro.

A carioca voltava de um intercâmbio na África do Sul, com escala em Angola. Segundo ela, o assédio aconteceu durante a madrugada, quando se dirigia ao banheiro traseiro da aeronave. “As luzes estavam baixas e as pessoas dormiam. Perto do banheiro estavam três homens e uma mulher da tripulação”, contou.

Relato da passageira

Taíssa afirma que, ao voltar para o assento, foi abordada por um comissário que comentou sobre sua aparência. Após confirmar que era casada, ouviu que “era uma pena para o marido” e que ele “precisava dividir” a esposa. Outro tripulante ironizou a Lei Maria da Penha.

“Me senti acuada, sozinha com três homens. Voltei para o meu assento chorando, frustrada como mulher e impotente. Ali eu era vítima de uma cultura do estupro”, desabafou.

Confira a denúncia

Posicionamento da TAAG

A TAAG Airlines pediu desculpas e classificou a situação como “extremamente desconfortável e inaceitável”. A companhia informou ao G1 ter aberto uma investigação formal, reforçando que “o ambiente a bordo deve ser seguro e respeitoso para todos os passageiros”.

Providências e orientações

O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca) e será encaminhado à Polícia Federal, já que ocorreu no espaço aéreo internacional. O advogado de Taíssa, Daniel Blanck, anunciou que ingressará com ação criminal e indenizatória contra a empresa.

Lista de medidas recomendadas para casos semelhantes:

  • Registrar o fato imediatamente junto à tripulação
  • Solicitar que o capitão formalize o ocorrido no voo
  • Procurar a Polícia Federal ao desembarcar
  • Guardar provas, como mensagens e testemunhos
  • Denunciar também à companhia aérea e órgãos competentes

A defesa da passageira destaca que os crimes podem ser aplicados mesmo fora do Brasil quando há conexão com o país, e reforça a importância da denúncia para proteger outras vítimas.