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Polícia Federal deflagra operação contra braço financeiro do PCC

Ao todo, mais de 200 agentes cumprem, nesta manhã, 13 mandados de prisão preventiva e 43 mandados de busca e apreensão, em nove cidades

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Ao todo, mais de 200 agentes cumprem, nesta manhã, 13 mandados de prisão preventiva e 43 mandados de busca e apreensão, em nove cidades (Foto: Reprodução)

Ao todo, mais de 200 agentes cumprem, nesta manhã, 13 mandados de prisão preventiva e 43 mandados de busca e apreensão, em nove cidades
(Foto: Reprodução)

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (30), em São Paulo, a Operação Rei do Crime. O alvo da ação é um braço financeiro, que atua há mais de 10 anos, em favor do Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação interditou mais de 70 empresas e bloqueou, com autorização da Justiça, contas bancárias, cujos valores superam R$ 730 milhões.

Ao todo, mais de 200 policiais federais cumprem, nesta manhã, 13 mandados de prisão preventiva e 43 mandados de busca e apreensão, em apartamentos de luxo e empresas de nove cidades, além da retenção de 32 automóveis. Além do município de São Paulo (SP), a operação acontece em Bauru (SP), Igaratá (SP), Mongaguá (SP), Guarujá (SP), Tremembé (SP), Londrina (PR), Curitiba (PR) e Balneário Camboriú (SC).

Até o momento, também foram retidos dois helicópteros, nove motocicletas, um iate, três motos aquáticas, 58 caminhões e 42 reboques e semirreboques, tudo com valor aproximado que ultrapassa R$ 32 milhões. Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

(Foto: Divulgação/Polícia Federal)

Entre os nomes investigados pela PF estão empresários do setor de combustíveis e até um dos condenados pelo envolvimento no furto ao Banco Central do Brasil, ocorrido em Fortaleza (CE), em 2005. No total, são 20 indiciados. O grupo responderá pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Durante a investigação, a PF também rastreou movimentações financeiras e identificou a existência de uma rede de combustíveis, inclusive uma distribuidora, que atuava em benefício da facção criminosa, lavando ativos de origem ilícita, por meio de empresas com atuação sólida no mercado e de empresas de fachada ou de laranjas. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras também forneceu relatórios de inteligência financeira à corporação.  Os documentos apontaram movimentações atípicas do grupo investigado, cujo valor ultrapassa a cifra de R$ 30 bilhões.

“De maneira inédita, a Polícia Federal solicitou em juízo a interdição da atividade econômica financeira de 73 pessoas jurídicas (postos de combustíveis, lojas de conveniência e escritórios de assessoria e contabilidade) utilizadas pela facção criminosa para movimentação de valores ilícitos, as quais passarão a ser administradas pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas”, diz nota da assessoria da PF.

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