“Porcelana”: jovem é suspeita de financiar fuga do Comando Vermelho de presídio

A Polícia Civil de Roraima identificou uma jovem de 23 anos como a principal responsável por financiar a fuga de quatro integrantes do Comando Vermelho (CV) da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em setembro de 2024. De acordo com reportagem do Metrópoles, Evelyn Lorrany Nogueira de Lima, conhecida como “Porcelana”, é apontada como a mentora financeira da operação que garantiu o suporte logístico aos fugitivos.

De acordo com as investigações, o esquema contou com recursos enviados de Manaus, onde Porcelana cumpre pena em regime semiaberto desde 2023. O dinheiro teria sido usado para custear combustível, alimentação e rotas seguras até o Amazonas.

Como a fuga foi organizada?

De acordo com a Polícia Civil, o plano envolveu uma rede de apoio que ofereceu abrigo em áreas de mata e rotas alternativas para o deslocamento dos presos. Os fugitivos foram identificados como Natanael Araújo Mesquita, Kaique de Almeida Vieira, Moisés Farias de Pinho e Thiago Edward Cândida Dias.

Todos os quatro eram ligados ao Comando Vermelho e foram recapturados semanas depois, retornando ao sistema prisional.

Ligação com o Comando Vermelho

Evelyn, conhecida como “Porcelana”, é apontada pela polícia como uma das articuladoras de uma ação criminosa ligada ao Comando Vermelho, ao lado do namorado Thiago Lima dos Santos, o “TH da Zona Leste” — uma das principais lideranças da facção em Manaus.

Após a morte de TH, em julho de 2024, durante o avanço da Operação Cerco Fechado, Evelyn passou a ser procurada, mas não chegou a ter mandado de prisão expedido. Mesmo com buscas em diversos endereços ligados a ela em Roraima e no Amazonas, a jovem não foi localizada.

O nome de Porcelana voltou a ganhar destaque nas investigações após ela lamentar nas redes sociais a morte de “Gringo” ou “Suíça”, outro líder do Comando Vermelho morto em operação policial no Rio de Janeiro. As publicações levantaram suspeitas sobre uma possível ligação direta de Evelyn com a cúpula da facção.

Ela e o namorado já haviam sido presos em 2022 por tráfico de drogas e porte ilegal de armas, e em 2023, Evelyn foi condenada a cinco anos de prisão e transferida para Manaus, onde vive com as duas filhas.