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Brasil

‘Precisa de tratamento psiquiátrico’, diz Bebianno sobre Bolsonaro

Ex-ministro afirmou que vai à Justiça contra o presidente da República

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Foto: Divulgação/Facebook

O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno disse que vai interpelar na Justiça o presidente Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira. Em entrevista ao Congresso em Foco, Bebianno revelou que vai pedir para o chefe de estado se retratar por ter sugerido, em entrevista à revista Veja, que ele teve participação no atentado praticado pelo desempregado Adélio Bispo, em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral.

Segundo Bebianno, ele pretende apresentar a ação no início do próximo ano. “Já estou me mexendo para promover uma interpelação criminal. Depois, ação cível”, explicou.

“A raiva passou. Sinto pena. O Jair está nitidamente desequilibrado. Precisa urgentemente de tratamento psiquiátrico. Estou também preocupado, uma vez que o país está sob seu comando. Isso tudo é muito triste. Não era para ser assim”, declarou ele.

Em entrevista a Veja, Bolsonaro não citou o nome de Bebianno, mas fez ilações que remetem ao ex-aliado. “O meu sentimento é que esse atentado teve a mão de 70% da esquerda, 20% de quem estava do meu lado e 10% de outros interesses. Tinha uma pessoa do meu lado que queria ser vice. O cara detonava todas as pessoas com quem eu conversava. Liguei para convidar o Mourão às 5 da manhã do dia em que terminava o prazo de inscrição. Se ele não tivesse atendido, o vice seria essa pessoa. Depois disso, eu passei a valer alguns milhões deitado”, disse Bolsonaro.

O ex-ministro afirmou que Bolsonaro tem feito declarações falsas contra ele. “No primeiro momento, fiquei com muita raiva. Só fiz o bem para esse cara.  Carreguei a campanha nas costas, assim como o partido. Eu e o deputado Julian Lemos.  Trabalhamos incansavelmente. Não aceito mentiras e acusações de qualquer natureza”, afirmou.

Bebianno ainda disse que tomou medidas de segurança depois de receber ataques de Bolsonaro. “A irresponsabilidade do presidente me obriga a isso. Mas o Poder Judiciário examinará toda essa questão”, frisou.

Bebianno foi demitido por Bolsonaro em fevereiro após ser bombardeado internamente e nas redes sociais por Carlos Bolsonaro.

Em entrevista ao Congresso em Foco, o advogado disse acreditar que o desfecho da passagem de Bolsonaro pelo Palácio do Planalto será mais uma página triste da história política brasileira: ou ele renunciará, ou sofrerá impeachment ou, na hipótese mais grave, tentará uma ruptura institucional, um golpe de Estado.

Agora, Bebianno se filiou em novembro ao PSDB e trabalha pela candidatura presidencial do governador João Doria, de São Paulo.

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