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Brasil

Sargento reformado vira réu por estupro cometido durante o regime militar

Esse caso marca o primeiro processo por este tipo de crime sexual aberto contra militares no período da ditadura

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Foto: Reprodução

Nesta terça-feira, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) aceitou a denúncia contra o sargento reformado do Exército Antônio Waneir Pinheiro de Lima, sob a acusação de ter cometido sequestro, cárcere privado e estupro da historiadora Inês Etienne Romeu, que morreu em abril de 2015.

Sob a alcunha de “Camarão”, ele agia na prisão clandestina “Casa da Morte”, em Petrópolis, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Lima e a “Casa da Morte” haviam sido denunciados em 2016, e a 1ª Vara Federal Criminal de Petrópolis rejeitou a acusação, ao argumentar que o caso se enquadrava na Lei da Anistia.

Os procuradores recorreram que o caso entrava como desa-humanidade, crime imprescritível, independentemente de qualquer acordo.

Inês foi a única presa por cunho político a sair viva do local, onde ficou entre maio e setembro de 1971. Em 1979, a historiadora divulgou um depoimento sobre os abusos a qual foi submetida na “Casa da Morte”.

“…estuprada duas vezes por ‘Camarão’, obrigada a limpar a cozinha completamente nua, ouvindo gracejos e obscenidades, os mais grosseiros”, depôs ela.

 

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