“Se borrou todo”: Lula volta a atacar Bolsonaro em discurso oficial

Durante evento oficial em Minas Gerais, nesta quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar duramente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em tom provocativo, Lula chamou o antecessor de “fujão” e afirmou que ele “se borrou todo” após perder as eleições de 2022.

Por que Lula voltou a atacar Bolsonaro publicamente?

O discurso ocorreu durante cerimônia de anúncio de investimentos em educação indígena e quilombola do Novo PAC, e teve como alvo também as ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde o parlamentar tem articulado contra autoridades brasileiras.

Lula atribuiu a articulação de Eduardo às sanções comerciais impostas por Donald Trump ao Brasil, como a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, acusando pai e filho de atuarem contra os interesses nacionais.

“É uma vergonha. Mandou o filho sair de deputado para pedir a Trump que interfira no Brasil. Respeita o povo brasileiro. Aqui tem Justiça”, disparou.

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O que mais Lula disse sobre Bolsonaro?

Lula afirmou que Bolsonaro tentou impedir sua posse e preparou um golpe de Estado, mas foi desmascarado:

“Se borrou todo, perdeu a eleição e ficou em casa chorando. A polícia investigou, eles mesmos se delataram. Se a Justiça decidir com base nos autos, ele vai para o xilindró”, disse o presidente.

Ele ainda comparou a situação de Bolsonaro com o processo da Lava Jato, do qual foi alvo:

“Disseram para eu fugir, ir para uma embaixada. Mas eu não corri. Fiquei para provar minha inocência.”

O que motivou as críticas de Lula?

Além da derrota eleitoral, Lula destacou que o ex-presidente está sob medidas cautelares impostas pelo STF: uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais, restrições de circulação e obrigação de permanecer em Brasília nos fins de semana e feriados.

“Tentou dar um golpe e fugiu como rato foge”, ironizou.

Quais investimentos foram anunciados por Lula no evento?

No mesmo evento, o governo federal anunciou R$ 1,17 bilhão em investimentos em educação para povos indígenas e comunidades quilombolas. Entre as ações previstas estão:

• Construção de 249 escolas;
• Realização de 22 obras emergenciais em terras Yanomami e Ye’Kwana;
• Construção da moradia estudantil do Campus Quilombo Minas Novas, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG).