Seleção Brasileira brilha na ‘Copa do Mundo de Astronomia’

O Brasil fez bonito na 15ª edição da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês). O campeonato científico anual, é uma iniciativa voltada para estudantes do ensino médio de todo o mundo. Os alunos participantes têm entre 14 e 18 anos, e disputaram em três modalidades de provas: teórica, de análise de dados e observacional. Este ano, a competição que foi realizada na cidade de Kutaisi, na Geórgia, entre os dias 14 e 22 de agosto.

Ao todo 45 países participaram da competição, sendo que 39 competiram presencialmente (Armênia, Azerbaijão, Bangladesh, Brasil, Bulgária, Canadá, Colômbia, Croácia, Chipre, República Tcheca, Estônia, Geórgia, Alemanha, Grécia, Hungria, Índia, Irã, Cazaquistão, Letônia, Lituânia, Malásia, Nepal, Noruega, Paquistão, Polônia, Portugal, República da Coréia, Romênia, Sérvia, Singapura, Eslováquia, Eslovênia, Suécia, Tailândia, Turquia, Ucrânia, Reino Unido, Estados Unidos da América, Vietinã) e 6 competiram de modo online (China, Equador, Indonésia, Paraguai, Filipinas, Arábia Saudita).

O principal objetivo da IOAA é promover o interesse pela Astronomia e disciplinas afins, especialmente através da formação geral dos jovens, além de potencializar o desenvolvimento dos estudantes através do contato entre as culturas dos diferentes países competidores.

Foram conquistadas, ao todo, cinco medalhas pela equipe brasileira e, dentre elas, o terceiro ouro do Brasil na competição, que retomou este ano às atividades 100% presenciais. Com um histórico fenomenal em sua trajetória na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, o país já conquistou 3 ouros, 18 pratas e 30 bronzes, contabilizando com as vitórias atuais. Dessa forma, o Brasil chega à marca de 51 medalhas conquistadas na competição, além de 26 Menções Honrosas.

A equipe foi liderada pelo Prof. Dr. Júlio César Klafke, do Colégio Objetivo/Instituto Alpha Lúmen e co-liderada por João Gabriel Stefani Antunes (medalhista em 2018, na XII IOAA realizada na China). O papel dos líderes e co-líderes é analisar todas as questões que farão parte das provas, sugerir correções, se necessário, traduzir as provas para o seu idioma e corrigir as provas dos seus estudantes para comparar as notas com as notas da correção oficial. E se houver discrepâncias, “brigar” por mais pontos.

A participação brasileira na 15ª IOAA contou com recursos financeiros vindos do Governo Federal através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), de uma Emenda Parlamentar da Deputada Federal por São Paulo, Tábata Amaral, e da iniciativa privada através da Universidade Paulista (UNIP).

• Os estudantes realizaram uma verdadeira maratona para chegarem aonde chegaram. Começando pela prova nacional da OBA, provas seletivas e meses de treinamento puxado. Todo esse esforço foi mais do que recompensado, com todos ganhando medalhas – finaliza o Dr. João Batista Canalle, Coordenador Nacional da OBA.

Classificação final

Medalha de Ouro:
Paulo Henrique dos Santos Silva (São Paulo/SP) – Colégio Integrado Objetivo.
Medalha de Prata:
Jan Bojan Ratier (Curitiba/PR) – Bom Jesus, Centro.
Paulo Otavio Portela Santana (Fortaleza/CE) – Farias Brito Pré-Vestibular, Aldeota.
Merdalha de Bronze:
Gabriela Martins dos Santos (Brusque/SC) – Instituto Federal Catarinense, Campus Brusque.
Gabriel Hemétrio de Menezes (Belo Horizonte/MG) – Organização Educacional Farias Brito.

Seleção

Os candidatos brasileiros são inicialmente convocados através das pontuações obtidas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) do ano anterior. Os estudantes foram selecionados depois de passarem por provas online, treinamentos online e treinamentos e provas presenciais nos meses que antecederam a competição.

Olimpíada nacional

A OBA é destinada a alunos dos ensinos fundamental e médio. Em 2022, participaram da sua 25ª edição 1.181.517 estudantes dos ensinos fundamental e médio de 12.369 escolas públicas e particulares de todos os estados do país. A olimpíada ainda contou com o auxílio de 59.649 colaboradores. Foram distribuídas cerca de 56.000 medalhas entre os participantes dos quatros níveis da OBA.
Organização

A IOAA é reconhecida pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês). A organização exige que cada país associado se comprometa a sediar uma edição da olimpíada, arcando com todas as despesas relativas ao evento, podendo receber apoio de diferentes setores da sociedade. No Brasil, a OBA é organizada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Site oficial da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)
http://www.oba.org.br