Trabalhadores da escala 6x1 enfrentam baixos salários e exaustão, aponta pesquisa
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Trabalhadores da escala 6X1 enfrentam baixos salários e exaustão, aponta pesquisa

A pesquisa ouviu mais de 3.700 profissionais de 400 cidades em todos os estados do país e revelou dados preocupantes

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Esse auxílio chegou para aliviar o bolso dos desempregados
Carteira de trabalho (Créditos: depositphotos.com / rafapress)

Um estudo inédito divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro (SECRJ), em parceria com o Observatório do Estado Social Brasileiro, escancarou a realidade enfrentada por trabalhadores submetidos à jornada 6×1 — quando se trabalha seis dias e folga um.

A pesquisa ouviu mais de 3.700 profissionais de 400 cidades em todos os estados do país e revelou dados preocupantes: a maioria desses trabalhadores vive com salários baixos e enfrenta dificuldade para equilibrar trabalho e vida pessoal.

Segundo o levantamento, 67,5% das pessoas que trabalham nessa escala ganham até um salário mínimo e meio. Desse total, 21,5% recebem até R$ 1.412 e 46% ficam entre R$ 1.412 e R$ 2.120.

O perfil mais comum entre os entrevistados é de mulheres (54,5%), jovens entre 26 e 35 anos (33,1%) e solteiros (61%). O descontentamento com a rotina puxada é quase unânime: mais de 92% dos participantes defendem o fim da jornada 6×1.

Setores como comércio e serviços lideram a lista dos mais afetados, com destaque para trabalhadores de supermercados, atacarejos e mercados. Operadores de caixa, vendedores, atendentes de telemarketing e estoquistas estão entre os que mais sofrem com a carga excessiva.

Para o presidente do SECRJ, Márcio Ayer, o estudo traz à tona a realidade de quem vive em função do trabalho. “São jornadas longas, salários baixos e quase nenhum tempo para descansar ou conviver com a família. É urgente pensar numa jornada mais justa, sem cortar salários”, afirma.