Baluartes do samba se reúnem na Intendente Magalhães para defender as cores da Unidos da Barra da Tijuca

Convidados por Ciraninho, diretor musical da escola, Almir da Ilha, Aluisio Machado, Tiãozinho da Mocidade, Vicentinho da Imperatriz, Marçalzinho, Vicente das Neves e Quinzinho, prestigiaram a passagem da escola na primeira noite de apresentações da Série Prata.

Se a Intendente Magalhães é conhecida como o Carnaval do Povo, a noite da última terça-feira (13), celebrou a passagem de quem ajudou a elevar as escolas de samba ao conhecimento popular por meio de composições que ganharam o mundo.

Na Unidos da Barra da Tijuca, a presença de grandes compositores de samba-enredo, foi um dos momentos mais emblemáticos para quem reconhece a importância da resistência do samba enquanto manifestação cultural brasileira.

A convite de Ciraninho, diretor musical da agremiação, Almir da Ilha, Aluisio Machado, Tiãozinho da Mocidade, Vicentinho da Imperatriz, Marçalzinho, Vicente das Neves e Quinzinho, desfilaram defendendo as cores da escola que apresentou o enredo “Encontro das Águas”, cujo hino oficial tem o diretor como um dos autores.

“Eu nem tenho palavras para definir o que isso significa, não somente para mim, mas para quem vive o samba. É histórico, no ano em que o Sambódromo fez 40 anos, tern na Intendente Magalhães, esses senhores que são grandes baluartes em suas escolas.nos os convidamos como forma de homenageá-los em um palco onde a despeito de todas as dificuldades que as agremiações atravessam, se faz carnaval em toda a sua essência”, diz Ciraninho.

Juntos, os bambas contabilizam mais de uma dezena de títulos com sambas que marcaram a história do carnaval carioca. Almir da Ilha, por exemplo, é o maior campeão vivo da União da Ilha e compositor de Fatumbi, Abra Cadabra, sambas eternizados no carnaval. Já Aluisio Machado, maior campeão do Império Serrano com 16 títulos, dispensa apresentações, especialmente quando se fala em Bumbum paticumbum prugurundum, clássico de 1982.

Tiaozinho da Mocidade, detentor de 05 titulos na verde e branca, entre eles Vira Virou, e Ziriguidum tambémse juntou ao grupo, levando Vicentinho da Imperatriz, autor do clássico Liberdade Liberdade, Vicente das Neves ganhador do Estandarte de Ouro na Unidos da Tijuca em 1999 com O Dono da Terra e Marçalzinho, herdeiro de mestre Marçal e um dos maiores músicos percussionistas do mundo.

Quinzinho, uma das vozes mais marcantes da história do Império Serrano, também desfilou com o grupo reverenciado pelo público.