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Carnaval

Paraíso do Tuiuti apresenta sambas finalistas nesta sexta-feira

Grande final da escola está marcada para o dia 07 de outubro

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Paraíso do Tuiuti (Foto: Talita Giudice/Super Rádio Tupi)
(Foto: Talita Giudice/Super Rádio Tupi)

O Paraíso do Tuiuti apresenta nesta sexta-feira (09), a partir das 22h, os três sambas finalistas para o Carnaval 2023. No ano que vem, a agremiação vai levar para a Avenida o enredo “Mogangueiro da cara preta”, dos carnavalescos Rosa Magalhães e João Vitor Araújo. A história inédita narra a chegada dos búfalos ao Brasil, na Ilha do Marajó, e como se transformou em manifestação cultural.

“Mais uma vez agradecemos todos os compositores que se inscreveram na nossa disputa. Dos sambas recebidos, fizemos uma seleção interna, e já escolhemos os três finalistas. Vamos agora para a avaliação deles ao vivo na quadra”, disse o presidente do Tuiuti, Renato Thor.

A grande final de samba-enredo da escola está marcada para o dia 07 de outubro. A quadra do Paraíso do Tuiuti fica no Campo de São Cristóvão, no número 33. A entrada será de R$ 20.

Veja abaixo as parcerias finalistas e que vão se apresentar nesta sexta-feira (09):

Samba 1

Compositores: Eli Penteado, Bujão, Régis, Wagner Zanco, e Almeida Sambista.

Participação Especial: Samir Trindade e Ricardo Simpatia

Arreda que chegou o Paraíso, navegar foi preciso
Leva o encanto que partiu das Índias, ah mar…
De Brahma e infinda primavera águas de cravo e canela
Rota de especiarias
Um dia Yemanjá soprou vento de Oyá um navio aportou no seu destino
Beijando a costa do Pará

Oh marajoara
Berço de antigos artesãos sobreviventes com a força e a bravura um
Rebanho de cultura
As raízes desse chão…

O artista do norte
No auto te fez tradicional
Negro entregue a própria sorte cantava e dançava
Na colheita um ritual
Quem te ouviu foi benedito cantador nas aventuras que vovó contou búfalo
Bumbá resistência popular alma do amor que te ergueu
A tua raça e fortaleza meu altar
De marajó o nosso apogeu

Palmeira que não debruça
Não te prende ao buriti
Ninguém segura a manada do Tuiuti

Mogangueiro coroado áurea divina brasileiro abençoado de melanina
A cor do Tuiuti é sua cor
De cara preta vencedor


Samba 2

Compositores: Igor Leal, Inácio Rios, Rafael Prates, Neto, Evandro Santos e
Sormany Justem


Meu Paraíso tem pimenta no tempero
Um cheiro nas ondas do mar
Carregado de especiarias, iguarias, ervas pra curar
Que atravessou o velho mundo
Aportou em novas terras
E daqui pra lá, de lá pra cá
A imponência de um Búfalo veio reinar
Avassalador, originário da Índia
A benevolência da força retinta
Na tranquilidade de um ser
Que transborda o poder de um Orixá
Enfeitado em peças de argila
Na terra bendita lá do meu Pará


Em Marajó, tem Carimbó pra gente dançar
Dessas águas cristalinas, nascia meu boi bumbá
Em Marajó, tem ritual Banto ao luar
Fez de Mestre Damasceno um acervo popular


Cantadores, escravos, poetas
Metaverso de portas abertas
Contos que assombram a mente
Narrando eloquente em tempos de adoração
Foi minha avó quem falou
Meu Tuiuti é um Buriti


Que não vai se quebrar
Tens um sonho a cumprir
Tons de azul e amarelo a luzir
Joga o laço nesse boi
Que esse boi é Mogangueiro
Da cara preta feito o povo brasileiro


Samba 3

Compositores: Cláudio Russo, Moacyr Luz, Gustavo Clarão, Júlio Alves,
Alessandro Falcão Pier Ubertini e W. Correia

Num mar de tempestade e ventania
Foi trazendo especiarias que o barco naufragou
Nós moscada, cravo, iguarias
No caminho para as índias a história eternizou
O marinheiro se perdeu na madrugada
O mogangueiro correu para o igarapé
A curuminha entoou uma toada
Enquanto abria-se a flor do mururé
E nesse encontro entre o rio e o oceano
A grande ilha que cultiva o carimbó
Dizem que bichos ainda falam com humanos
Há muitos anos na ilha de Marajó

Eh! Batuqueiro no samba de roda curimbó
Quero ver você cantar como canta o curió
Okê caboclo onde vai a piracema?
Rio acima segue o voo de uma juriti pepena

Há mão que modela a vida
No barro marajoara
E o búfalo que pisa
Esse chão do parauara
Chama o mestre damasceno
Pra entoar esta canção
Das cantigas da vovó
Do tempo da escravidão

É lá! É lá! É lá!
Canoeiro vive só “morená”
É lá! É lá! É lá!
Mas precisa de um xodó

Cadê o boi?
O mogangueiro, o mandingueiro de Oyá
Meu Tuiuti não tem medo de careta
Trás o boi da cara preta do estado do Pará

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