Ciência e Saúde
Apenas 7% da população mundial tem essa habilidade rara no DNA que não te deixa sentir ‘cheiro de barata’
Veja se você está entre elas.
A habilidade de sentir o odor característico das baratas é uma curiosidade rara entre as pessoas. Essa percepção especial está relacionada a uma substância química chamada trimetilamina (TMA), liberada pelas baratas como forma de comunicação e facilmente detectada apenas por algumas pessoas. O odor, similar ao de peixe em decomposição, depende de fatores genéticos específicos da nossa espécie.
Nem todos conseguem identificar a TMA, pois a sensibilidade a esse cheiro está diretamente ligada ao funcionamento do gene TAAR5. Além de genética, outros fatores individuais também contribuem para tornar a experiência olfativa única para cada pessoa.
Como a mutação no DNA influencia a percepção olfativa?
O TAAR5, localizado no cromossomo 6, é fundamental para que o organismo detecte a trimetilamina. Uma mutação nesse gene pode fazer com que algumas pessoas sejam incapazes de perceber o odor emitido pelas baratas, tornando a experiência sensorial diferente para cada indivíduo.
A condição de anosmia específica para TMA atinge cerca de 7% da população mundial, o que a torna relativamente rara. Ter uma cópia funcional do gene já é suficiente para sentir esse odor, mostrando como simples variações genéticas podem impactar diretamente o nosso cotidiano.

Quais outros fatores afetam a percepção dos odores?
Além do TAAR5, fatores como idade, experiências de vida e até o estado emocional interferem na forma como cada pessoa percebe os odores. Essas influências contribuem para a complexidade da percepção sensorial, tornando-a um fenômeno ainda mais fascinante.
- Idade: a capacidade olfativa tende a diminuir com o tempo.
- Histórico de saúde: alergias e infecções podem alterar temporariamente a percepção dos cheiros.
- Ambiente: exposição contínua a determinados odores pode dessensibilizar o olfato.
Por que é importante entender as diferenças na percepção olfativa?
Reconhecer as diferenças sensoriais ajuda a adaptar produtos alimentícios e repelentes, tornando-os mais seguros e agradáveis para cada indivíduo. Também possibilita avanços em diagnósticos médicos, que podem valer-se de alterações olfativas como sinal para diferentes doenças.
Saiba que, ao compreender melhor o funcionamento dos receptores olfativos, a ciência pode propor soluções personalizadas. Isso contribui para o bem-estar das pessoas, além de favorecer inovadoras descobertas na área da genética e do sistema sensorial humano.