Bons hábitos que diminuem risco de demência em até 43%

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, por falhas no combate à demência, o número de pessoas que sofrem com o quadro de demência deve crescer mais de 150% até 2050, passando de 55 para 139 milhões. Com as buscas por novos e mais eficazes medicamentos para tratar a neuro degeneração, os pesquisadores alertam também para hábitos que a ciência já comprovou serem capazes de atuar na prevenção desse cenário. 

A demência ocorre quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começam a dar errado. Com isso, surgem fragmentos de proteínas mal cortadas que impedem as informações chegarem ao cérebro e serem guardadas. O hipocampo é a região do cérebro mais afetada. Segundo a médica neurologista Vanessa Gil, os bons hábitos já são bons pelo simples fato de evitar doenças que podem ser impedidas de acontecer, como a hipertensão. “Essas doenças impõem um ônus ao paciente e a sua saúde. A família também precisa de cuidados, pois não é fácil o impacto de carga emocional e financeiro que elas pode causar”, afirma.

Vanessa cita hábitos que pessoas podem fazer para evitar demência: “Primeiramente, o sol. Ele é tão vital que até as plantas se voltam para ele para receber luz solar. A estimulação cognitiva constante e diversificada também deve ocorrer para o resto da vida. Aprender idiomas, ter hábito de leitura, fazer um caminho diferente para chegar a um lugar já conhecido, ou seja, não ficar apenas nas palavras cruzadas”, informa.

Mas não é só exercício mental que faz bem. Vanessa diz que o exercício físico também ajuda. “Pelo menos 30 minutos, de três a cinco vezes por semana, é bom fazer natação, subir escada ao invés de ir ao elevador, ioga, dança. São tantas opções que vão trazer o benefício de uma memória melhor. Ter uma alimentação saudável é outra dica fundamental. Ela deve ser balanceada com peixes, frutas e vegetais, que têm ótimos nutrientes para o cérebro. Ter bons hábitos de sono também é importante. Ou seja, nós somos sempre o que comemos, fazemos e respiramos. Com isso, temos mais facilmente o controle de doenças”, conclui.