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Ciência

Dia mundial da conscientização do autismo

Assistência para pacientes com TEA é ofertada na rede municipal de saúde

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Dia mundial da conscientização do autismo (Foto: Reprodução/ ONU)
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Dia mundial da conscientização do autismo (Foto: Reprodução/ ONU)

Neste sábado (2), é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para alertar e orientar as pessoas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que traz desafios tanto na vida do indivíduo quanto dos familiares e amigos. No Município do Rio, pessoas com TEA recebem assistência nos serviços de atenção primária, de atenção psicossocial ou de reabilitação ofertados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio), conforme necessidades específicas de cada paciente.

O diagnóstico do TEA geralmente ocorre na infância, em pacientes que apresentam características como pouca interação social ou até problemas na comunicação. Comportamentos repetitivos e restritos, movimentos permanentes, como interesses fixos e redução ou hipersensibilidade a estímulos, também são sinais de alerta para os pais e que ajudam na identificação e confirmação da condição pelos profissionais de saúde

A coordenadora de reabilitação da pessoa com deficiência da Secretaria Municipal de Saúde, Cida Vidon, esclarece que nem sempre é fácil reconhecer quando a criança possui o espectro: “O laudo é feito com acompanhamento do desenvolvimento da criança. Há sinais e sintomas de autismo, mas nem sempre se trata de TEA, embora acabem sendo confundidos. Há crianças que não reagem ao som porque às vezes têm deficiência auditiva, por exemplo.”

No Município do Rio, a assistência à pessoa com autismo pode ser realizada na rede de Atenção Primária à Saúde (clínicas da família e centros municipais de saúde), onde  todas as crianças, desde o nascimento, são cadastradas em unidades de saúde e recebem acompanhamento por meio dos marcos de desenvolvimento (o que é esperado que cada criança faça de acordo com a sua faixa etária), realizado pelo médico e equipe de atenção primária nas consultas mensais de puericultura das clínicas da família. Caso a criança apresente algum sinal ou sintoma suspeito do TEA, os próprios profissionais de saúde da família dão informações e instruções de como estimular os aspectos relacionais e afetivos nos menores, além de encaminhá-los para o serviço especializado indicado para cada caso.

Uma vez identificados os sinais do autismo, a criança será encaminhada para um centro de atenção psicossocial (CAPSi), para os cuidados especializados, sem contudo perder a referência de sua clínica da família, que continuará acompanhando o caso. Atualmente, há cerca de 1.200 crianças com autismo assistidas nos nove CAPSis da cidade. Elas são atendidas por equipes multidisciplinares em projetos terapêuticos individuais, de acordo com as necessidades de cada uma. Para crianças que precisem também de reabilitação intelectual ou neurológica, é feito encaminhamento, por meio do SISREG, para um centro municipal de reabilitação.

Paloma Leal é mãe de Nathan, de 6 anos, diagnosticado com transtorno do espectro autista em 2019. O menino é assistido na rede municipal, com tratamento especializado no Centro Municipal de Reabilitação Oscar Clark. Além dos cuidados na unidade, ela recebe dos profissionais orientação sobre como agir com o menino, e diz que tem percebido bons resultados.

“São exercícios para estimulá-lo a fechar a boca, que precisam ser feitos também em casa, todos os dias; massagem para fortalecer a mandíbula e até a escovação dos cantos específicos da boca. Ele tem evoluído bastante com o tratamento e os exercícios que fazemos em casa. Além da melhoria física, hoje o Nathan já consegue entender e ficar tranquilo quando eu preciso sair de perto dele, por exemplo, e tudo isso é resultado da assistência que tem recebido”, conta Paloma.

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