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Ciência

Especialista explica nascimento de mais um bebê com anticorpos contra a Covid-19

Entenda porque as gestantes devem ser vacinadas

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Bebê com anticorpos (Divulgação)

Bebê com anticorpos (Divulgação)

Recentemente foi noticiado o caso de um bebê que nasceu com anticorpos contra a Covid-19. A mãe já havia sido imunizada durante a gestação, com as duas doses da vacina, e por isso, muitos especialistas relacionaram a “proteção” do bebê ao fato da mãe já estar imunizada. Dias depois, foi confirmado mais um caso de bebê que nasce com anticorpos contra a Covid-19, porém, desta vez, a mãe alega não ter se vacinado. Ela confirma ter tido uma gripe em fevereiro, na época fez um exame que deu negativo para o coronavírus. Os dois recém-nascidos são brasileiros.

 

Para a diretora-médica do Vida -Centro de Fertilidade, Maria Cecília Erthal, provavelmente, essa mãe teve contato sim com o coronavírus. Ela pode não ter tido sintomas, pode não ter tido um teste positivo, mas ela pode ter tido contato. “A gente sabe que em torno de 35% dos casos de contaminação pelo coronavírus, são assintomáticos. Então ela pode ter tido, não ter sido diagnosticada e ter passado esses anticorpos para o bebê”, explica a especialista.

Diretora-médica do Vida -Centro de Fertilidade, Maria Cecília Erthal (Divulgação)

Ela afirma que é possível que o exame não tenha identificado o vírus. “Os testes de biologia molecular, PCR tem um período ideal para serem realizados e nem sempre é dessa forma. O ideal é fazer entre 3 a 10 dias após o início de sintomas e, a maior sensibilidade desse teste, é entre 5 a 7 dias após o início dos sintomas. A primeira coisa a se perguntar é: ‘será que foi feito no período adequado para aumentar a chance de assertividade do teste?’ a outra é: ‘foi feita coleta da maneira adequada?’ Porque por ser um teste desconfortável, nem sempre consegue atingir o local certo da coleta”, completa a médica. Segundo a Dr. Maria Cecília, a sensibilidade deste teste varia em torno de 85%, ou seja, 15% pode ter resultado negativo. A pessoa está infectada e o exame não detecta.

Ainda não existe confirmação científica de que as gestantes vacinadas consegue imunizar seu bebê contra o vírus, os exames estão avançando, mas tudo indica que sim. Os anticorpos da gestante imunizada provavelmente conseguem imunizar o bebê, principalmente quando a vacinação acontece no terceiro trimestre da gravidez (três últimos meses da gestação), mas essa evidência ainda deve ser comprovada cientificamente.

Em relação a vacinação, a especialista alerta que os órgãos oficiais, Ministério da Saúde no Brasil e as principais sociedades médicas recomendam sim que as gestantes sejam vacinadas, principalmente as que tem comorbidades. As vacinas recomendadas aqui no Brasil são a Coronavac e a Pfizer, tendo em vista que houve um evento adverso com uma gestante que utilizou a vacina da Astrazenica. Até que se prove ao contrário, a recomendação é que as gestantes sejam vacinadas utilizando a Coronavac ou a vacina da Pfizer.

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