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Ciência

Fiocruz retoma liberação de mosquitos que combatem a dengue

Atividades do Método Wolbachia estavam suspensas desde março

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Foto/Reprodução

A partir desta segunda-feira (22), as liberações de Aedes aegypti com Wolbachia, bactéria que infecta uma alta taxa de insetos, serão retomadas em três bairros do Rio de Janeiro, após três meses de suspensão desta atividade. A retomada será gradual e vai começar por Ramos, Olaria e Bonsucesso. As liberações serão feitas durante quatro meses, sempre no período da manhã.

“Durante o período de suspensão das atividades de campo, nossas equipes mantiveram as ações para manutenção da colônia de Aedes aegypti com Wolbachia, respeitando as orientações de segurança e higiene das autoridades de saúde. Além disso, estamos trabalhando em inovações para assegurar que a liberação de mosquitos com Wolbachia, bem como seu monitoramento, possam ser realizados com segurança, diante deste cenário de pandemia”, destaca o líder do Método Wolbachia no Brasil e pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira.

Ele ainda destacou que “não podemos esquecer que as arboviroses continuam circulando, mesmo durante a pandemia, e por isso é importante reativarmos a liberação dos Aedes aegypti com Wolbachia”.
Os mosquitos que carregam a bactéria não foram modificados geneticamente, não transmitem doenças e ajudam no combate à dengue, zika e chikungunya, segundo a FIOCRUZ.

Método Wolbachia

A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, ela impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para redução destas doenças.

Uma vez que os mosquitos com Wolbachia são liberados no ambiente, eles se reproduzem com mosquitos de campo e ajudam a criar uma nova geração de mosquitos com Wolbachia. Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça alta sem a necessidade de novas liberações.

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