Ciência

Novembro azul: Homens são os que menos cuidam da saúde

Novembro foi escolhido como o mês de conscientização sobre a saúde do homem porque é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata em 17 deste mês. A doença é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele.

“Pelo fato dos homens, de uma maneira geral, terem maior dificuldade de cuidar da saúde, essa campanha é extremanente relevante para também conscientizar sobre a importância do autocuidado e preservação da saúde física e mental”, diz a psicóloga Luana Menezes.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), homens vivem cerca de 7,1 anos a menos do que mulheres, sendo a taxa de mortalidade maior em praticamente todas as faixas etárias. De acordo com pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) 46% dos homens acima de 40 anos só vão ao médico quando sentem algo.

“Temos valores muito predominantes da cultura do machismo patriarcal que atravessam os meninos com crenças de que eles devem ser fortes, não devem chorar e precisam proteger as meninas. Com isso a sua fragilidade vai sendo reprimida. Quando adultos passam a ter dificuldade de desabafar, pedir ajuda e também acreditam que não precisam buscar consulta médica. Não há cultura de prevenção. O fato de se virem aparentemente bem, os deixa confortáveis com estas crenças enraizadas”, explica a psicóloga.

Luana Menezes é autora do livro infanto-juvenil “Eu Só Quero Brincar” que, de forma lúdica, busca promover a equidade de gênero desde a infância. Segundo ela esse é o caminho para transformar a realidade atual.

“Promover a educação baseada em equidade é um caminho para desconstruirmos esses valores que são aprisionantes. Precisamos atuar ativamente para preservarmos a sensibilidade das crianças, principalmente dos meninos. Se eles receberem espaço para expressar seus sentimentos, reconhecendo suas fraquezas terão maior capacidade para cuidar de si mesmo e das pessoas à sua volta, sendo mais empáticos”, conta a especialista.

Luana também defende mais políticas públicas que ampliem campanhas como o novembro azul, já que, de acordo com ela, essa mudança e transformação perpassa por aquisição de consciência e conhecimento.


“Precisamos dialogar, ter mais palestras, eventos e mídias sobre assuntos relacionados ao autocuidado masculino, incluindo na nossa forma de educar os meninos, que deve ser distante do machismo presente na nossa sociedade”, conclui Luana.

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