Após 15 dias, estudante desaparecida na Zona Oeste é localizada

Após 15 dias de agonia e intensas buscas, familiares localizaram nesta quinta-feira (3) a estudante Ana Lucia Guimarães, de 15 anos, que estava desaparecida, após sair da casa de um padrinho para comprar pão, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. De acordo com a família, um rapaz de 19 anos, que teve a identidade mantida em sigilo, teria levado a estudante para uma casa em Realengo.

A estudante e o jovem se conheceram há alguns meses, por meio de um jogo na internet. Ele chegou a ir presencialmente à casa da adolescente, mas, devido à recusa da família em aprovar o “namoro”, planejou sequestrá-la.

Conforme os familiares, o rapaz teria mantido a adolescente em “cárcere privado”, pois desligou os celulares e a impediu de se comunicar com a família.

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Investigação do caso

O caso estava sendo investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Durante o sumiço, a família repassou à polícia os contatos e mensagens de texto de uma pessoa que “fazia ameaças e dizia que entregaria a estudante só após fazer coisas ruins com ela”.

As circunstâncias do desaparecimento estão sendo mantidas em sigilo pela polícia, que, com apoio do Conselho Tutelar, dará sequência à apuração dos fatos.

Localização da jovem que estava desaparecida

Com ajuda da polícia, a família conseguiu interceptar e localizar a casa onde o jovem morava. Na quarta-feira (2), uma amiga da estudante foi o elo para ajudar na localização: Ana Lucia fez contato com a família e retornou para casa em um carro de aplicativo.

Segundo os familiares, a adolescente passou por necessidades e chegou a ter dificuldades para se alimentar. Ela foi recebida com festa pela família e levada a um hospital público, onde passou por exames médicos e foi submetida a procedimentos de profilaxia.

“Quero agradecer à Rádio Tupi e a todas as pessoas que ajudaram na divulgação e nas buscas. Agora sou uma mãe feliz, pois não tem preço ter de volta uma filha que estava sumida há 15 dias. Ela passou por dificuldades, mas, graças a Deus, foi localizada e entregue à família. É um risco conhecer alguém na internet e sair para um encontro. Agora vou poder dormir em paz”, disse, emocionada, a diarista Hende de Oliveira, de 32 anos, mãe da menor.