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Coronavírus

Hotéis do Rio de Janeiro fecham as portas temporariamente por conta da pandemia do novo Coronavírus. Taxa de ocupação gira entre 3% a 6%

SindHotéis Rio e prefeitura fazem acordo visando idosos não infectados pela doença

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Trajano Ribeiro, Cássio Coelho e José Manuel Caamaño. Foto: Divulgação

Mais de 40 hotéis no Rio de janeiro fecharam as portas temporariamente desde o início da pandemia do novo Coronavírus. Outros hotéis reduziram drasticamente o número de clientes e o faturamento, mas ainda continuam funcionando. Depois de um período de crise entre os anos de 2017 e 2019, a projeção era o setor registrar o melhor mês de março dos últimos tempos, com a taxa de ocupação atingindo 75%. A reportagem da Super Rádio Tupi ouviu José Caamaño, vice-presidente do Sindicato dos hotéis do município do Rio (SindHotéis Rio), que explicou o quadro atual da categoria. 

Trajano Ribeiro, Cássio Coelho e José Manuel Caamaño. Foto: Divulgação

Até o dia 10 de março a expectativa da hotelaria carioca era ter mais ou menos uma ocupação de março em termos de 70% a 75%. Eu poderia até dizer que seria o melhor março dos últimos dois ou três anos. A gente saiu de uma crise muito forte de 2017 a 2019, e agora estávamos começando a ter uma ocupação crescente. No dia 13 de março foi a bomba que o segmento do turismo recebeu. Em Hotéis, restaurantes, agências de viagens os cancelamentos de reservas foram em grande quantidade. Houve de 100 a 150 reservas canceladas por dia. Três dias depois nós já tínhamos uma ocupação média de 15%, e dois dias depois a ocupação passou a ser de 5% a 4% por dia. Nesse nível de ocupação o hotel não consegue operar e imediatamente alguns já fecharam as portas, outros estão abertos aguardando uma notícia boa para o segmento para poder ajudar. Cerca de quarenta hotéis estão fechados e o número está subindo” afirmou.

O setor espera uma recuperação financeira daqui a três meses. No atual momento o turismo de negócios é o mais afetado. Os hotéis empregam cerca de 40 mil pessoas na cidade do Rio de Janeiro. Existe o risco de demissão de até 5 mil funcionários. 

Nossa maior preocupação não é com o prejuízo, mas com a folha de pagamento dos nossos funcionários, porque a hotelaria é quase uma família. Eles serviram a gente por muito tempo e queremos estar unidos com eles” disse.

A indústria de hotéis tem mantido contatos permanentes com o Governo Federal, Estadual e Municipal. A categoria já conseguiu o adiamento no pagamento das contas com as concessionárias de água, luz e telefonia. Ainda sim outras medidas precisam ser adotadas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve anunciar em breve um programa de apoio aos setores de turismo, hotéis, bares, restaurantes e aéreo.

Parceria com a prefeitura visando os idosos

A categoria conseguiu um convênio com a prefeitura do Rio de Janeiro para abrigar idosos não infectados pela COVID-19. José Caamaño explicou como será desenvolvido o projeto.

A Prefeitura nos procurou com a possibilidade de botar idosos nos hotéis. Houve várias reuniões e buscamos adequar o máximo possível. Chegamos a um denominador comum e a tarifa é social. Não é para a gente ganhar dinheiro, mas ter uma quantia para pagar nossos colaboradores. O valor foi estipulado em R$ 120 por pessoa, incluindo café da manhã, almoço e jantar. Dessa vez é um perfil diferente. Em um acordo foi liberada a presença uma pessoa para cuidar dos idosos, que serão recebidos por assistentes sociais e psicólogos” contou.

Ouça a entrevista completa

 

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