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Brasil

Médica veterinária, Glaucia Vilar fala da relação entre humanos e animais durante a pandemia da COVID-19

Estudos não apontam evidências de que animais são fontes de infecção e transmissão da doença

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Foto: Arquivo pessoal/Glaucia Vilar (centro)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando pesquisas que envolvem a relação entre animais de estimação e a COVID-19. Até agora, houve registros de dois cachorros (pastor alemão e lulu da pomerania) e um gato que contraíram a doença. No entanto, o órgão afirma que não existe evidência relevante que os animais possam transmitir o vírus. Estudos continuam sendo realizados para entender como o organismo de diferentes animais reage ao novo coronavírus.

Há casos de dois cachorros em Hong Kong após terem contato com os donos doentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), os exames identificaram a presença de material genético do novo coronavírus, mas eles não apresentaram os sintomas da doença. Por lá, todos os animais de estimação mamíferos de donos diagnosticados com a Covid-19 estão sendo colocados em quarentena.

Um gato na Bélgica foi o primeiro animal infectado a apresentar sintomas de diarreia, vômito e problemas respiratórios. O dono já tinha sido confirmado com a doença depois de voltar de uma viagem na Itália, país com maior número de mortos. Esse também foi o primeiro caso de transmissão de humano para gatos.

A recomendação das autoridades de saúde é que os humanos devem tomar cuidados básicos de higiene ao mexer nos pets. O uso da máscara facial pode ajudar na prevenção. É recomendado lavar as mãos com sabão ou usar o álcool em gel antes e depois de mexer nos bichinhos. A Idexx, reconhecido laboratório norte-americano, publicou que desenvolveu testes da COVID-19 nos animais, e todos deram negativo. A reportagem da Super Rádio Tupi ouviu a médica veterinária Glaucia Vilar, professora do IBMR e doutora em Ciências da Saúde pela Fiocruz.

Foto: Arquivo pessoal/Glaucia Vilar (centro)

– Eu queria enfatizar que esses foram casos isolados. Não temos informações, evidências bem fortes de que os animais são fontes de infecção e transmissão para outros animais e humanos. As evidências estão muito limitadas, principalmente para cães e gatos. O que nós sabemos é o inverso, um humano pode repassar para o animal. A pessoa que for portadora deve restringir o contato com o animal – Revelou.

Fortemente afetada entre os seres humanos, a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, registrou o primeiro caso da COVID-19 em um animal não doméstico. A tigresa Nadia, do Zoológico do Bronx, ao norte da ilha de Manhattan, foi diagnosticada com o novo coronavírus. Outros seis felinos do zoológico apresentaram sintomas da doença (tosse e falta de apetite). Veterinários acreditam que algum cuidador assintomático possa ter sido o transmissor da doença. O zoológico está fechado desde o dia 16 de março.

Ouça a entrevista completa na íntegra

 

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