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Estado do Rio registra aumento de quase 400% nos casos de dengue

Levantamento mostra que pelo menos cinco municípios registraram situação de epidemia da doença

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Mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue
Mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue (Foto: Reprodução/ Agência Brasil)

O aumento de casos de dengue no Rio de Janeiro preocupa as autoridades do Estado.
A quase dois meses do início do verão, o número acende um alerta devido à tendência de alta, visto que o período com mais chuvas e calor favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Até o momento, foram registrados 39.369 casos em todo o estado, um aumento de quase 400% em relação a 2022. No mesmo período do ano passado, foram registrados 9.926 casos no mesmo período.

Os dados são do boletim InfoDengue, desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento mostra que pelo menos cinco municípios registraram situação de epidemia da doença na semana terminada em 14 de outubro, são eles: Angra dos Reis, Resende, Nova Iguaçu, São Pedro da Aldeia e Rio das Ostras.

Ao observar os números gerais de 2023, as maiores taxas de incidência da doença estão nas regiões noroeste e sul do estado. Os números na capital fluminense também chamam a atenção. Até agora, foram registrados 18.120 casos de dengue, com uma taxa de 267 casos por 100 mil habitantes. É o maior valor anual desde 2016, que teve 25.856 casos. Foram confirmadas quatro mortes em decorrência da doença. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a região mais afetada é a zona oeste, com 4.722 registros.

“É importante reafirmar que a circulação do vírus da dengue é dinâmica. Ela tem se apresentado de forma diferente nos últimos anos com períodos mais extensos. Por exemplo, quando a gente vai comparar séries, as epidemias se restringiam ao período de verão entre os meses de fevereiro e abril. Hoje, temos tido uma curva que se prolonga um pouco mais e ela se estende, tem se estendido até o final de do outono”, disse Mario Sergio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ).

Ribeiro informou que a SES-RJ monitora rotineiramente os 92 municípios do estado e identifica que alguns municípios já apresentam um número de casos acima do esperado em 2023. Segundo o subsecretário, a SES está com uma agenda permanente com as nove regiões do estado pra discutir com os municípios a implantação das ações dos respectivos planos de contingência.

*com Agência Brasil