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Família diz que jovem morto em trem sofria ameaças após se relacionar com ex-colega de trabalho
Jairo Jonathan deixa um filho de 3 anosFamiliares de Jairo Jonathan, de 24 anos, morto com um tiro na cabeça, nesta segunda-feira (27), dentro de uma composição da Supervia, acreditam que o crime possa ter sido motivado após o ex-militar do Exército e garçom ter se relacionado com uma ex-colega de trabalho que era casada.
De acordo com a tia, a esposa e um primo do rapaz, em maio, ele começou a sofrer ameaças do marido da mulher. “Ele dizia que ia ficar tudo bem, que ele ia pro trabalho, mas ia voltar, que Deus estava com ele, que precisava trocar o chip do celular, mas ele era muito na dele, não falava nada. Achávamos que estava tudo bem”, disse a tia da vítima, Priscila Mariano.
Jairo Jonathan seguia para o trabalho quando, entre as estações de Magalhães Bastos e Vila Militar, levou um tiro na cabeça. Segundo testemunhas, o atirador embarcou na estação de Realengo e tampou as câmeras de segurança com uma fita.
“Que não fique como um crime impune. Isso não foi um assalto, foi uma execução. Meu filho foi executado sem nenhum motivo e até agora a gente não sabe o que aconteceu. Nós vamos buscar, vamos atrás desse assassino e ele vai pagar por isso. Meu coração de mãe precisa ter paz, preciso saber qual foi a motivação disso. Preciso saber quem foi que levou meu filho”, relatou Gisele Pedrosa, mãe de Jairo Jonathan.
Na manhã desta terça-feira (28), familiares e amigos do garçom estiveram no Instituto Médico Legal (IML) para fazer a liberação do corpo do jovem.
“É inadmissível um local que transporta pessoas, indo e vindo pro trabalho, uma pessoa consiga entrar, que deveria ser considerado seguro, mas não é, e uma pessoa consegue entrar com uma arma e disparar contra um jovem colocando outras pessoas em risco”, questiona Gisele.
Procurada, a Supervia informou que a viagem foi interrompida na estação de Deodoro e os passageiros, que ainda seguiam na composição, foram descolados para outra.
Segundo a Delegacia de Homicídios da Capital, uma perícia foi feita e, apesar da câmera perto do assassinato ter sido coberta, outros equipamentos flagraram a movimentação do atirador.
Muito abalada, Gisele Pedrosa pede por respostas. “Quero justiça. Ninguém tomou nenhuma providência. Se nenhuma medida enérgica for tomada, outras vidas estarão em risco. Preciso que a Justiça seja feita, vamos entrar com uma ação contra a Supervia. Meu filho só tinha 24 anos e estava indo trabalhar”.